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Windows 8 é oficialmente lançado: preços, versões e primeiros detalhes

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Agora é pra valer, e ele é real. Em evento realizado ontem (25) em São Paulo, a Microsoft apresentou oficialmente a nova versão do seu sistema operacional, o Windows 8, para 131 países ao redor do planeta, incluindo o Brasil. Essa é a mudança mais radical do seu sistema operacional desde o lançamento do Windows 95, e para alguns, é a modificação mais drástica que o sistema operacional sofre em sua história.

O objetivo principal do Windows 8 e “costurar” a nova proposta da empresa de unificação de interface do usuário. Daqui pra frente, tudo vai ser diferente… mas igual. Todas as soluções da Microsoft vão contar com essa interface cheia de “azulejos” (ou “tiles”), prometendo assim a mesma experiência de uso, facilitando assim a vida dos usuários menos experientes. Pela primeira vez na história da Microsoft, os usuários vão utilizar o seu tablet, smartphone ou videogame da mesma forma como usa o computador de casa ou do escritório. E mais: em alguns casos, boa parte dos dados e recursos disponíveis em um equipamento estarão presentes em outro. Basta que você use o seu nome de usuário e senha, e pronto. E isso vale para qualquer equipamento com Windows 8 no planeta.

A ideia da Microsoft de unificar suas interfaces de usuário começou com o conceito do Windows Phone, que já se apresentava em azulejos. O sistema operacional móvel foi elogiado pela agilidade, pela proposta diferenciada dos seus concorrentes mais diretos, mas principalmente, pela sua simplicidade. De fato, o Windows Phone era apenas parte de um grande plano da empresa de Redmond em criar um ecossistema completo para os seus produtos. O lançamento do Windows 8 é, efetivamente colocar todo esse plano em prática. E, quem sabe, seguir para um próximo passo.

Em uma recente entrevista publicada no site da Microsoft, Bill Gates, co-fundador da empresa, afirmou que o compartilhamento dos códigos entre o Windows 8 e o Windows Phone 8 é apenas o começo, e que eventualmente, as duas plataformas vão se fundir completamente, e não apenas compartilhar a sua interface de usuário, mas também as suas ferramentas de desenvolvimento e suas principais funcionalidades. Se a Microsoft conseguir isso, vai reter um grande poder em duas plataformas muito relevantes no mundo da tecnologia de consumo (computadores e smartphones). Alguns acreditam que, com essa ideia de “fusão”, o sistema Windows pode ultrapassar o Android em 2015. Acho difícil, mas não improvável.

Agora, uma coisa é certa: se o Windows 8 não for um sistema do seu agrado, ou se for um sistema decepcionante, não será por falta de testes. Segundo Steven Sinofsky, presidente da divisão do Windows e do Windows Live, a Microsoft registrou um recorde de 1.24 bilhão de horas de testes públicos da nova versão do sistema operacional em 190 países. Mais de 1.000 PCs receberam a certificação do Windows 8, e mais de 420 milhões de dispositivos e periféricos, como impressoras, mouses e teclados foram testados e certificados para o novo sistema operacional.

Outro objetivo claro da Microsoft com esse lançamento é mudar, de forma definitiva, o seu foco no mercado de tecnologia. Segundo o presidente da Microsoft Brasil, Michel Levy, durante o evento de lançamento do novo produto, “Estamos na transição de uma empresa de software para uma empresa de serviço”. O recado aqui é claro: o desenvolvimento de softwares não é mais o foco principal da Microsoft. Aliás, não é desde o lançamento do Xbox, lá atrás. Acontece que a empresa cometeu alguns erros no lançamento de produtos (o próprio Xbox, Microsoft Zune), para só depois parar, observar o que os rivais estavam fazendo, e finalmente entender que não é simplesmente lançar um produto, e sim, um conceito completo.

O Xbox 360 é a prova disso. É um console poderoso, com um hardware excelente, mas que oferece uma vasta gama de produtos e serviços atrelados ao console e aos seus jogos, que estimula o consumidor a adquirir outros produtos dentro dessa plataforma, agregando valor ao produto. É essencialmente o que a Apple fez com os seus eletrônicos de consumo. No caso da Microsoft, eles levaram isso para outro nível, reinventando a roda dos jogos eletrônicos ao lançar o Kinect, que conseguiu o que para muitos era considerado impossível: roubar o público casual que era da Nintendo. Hoje, o Xbox 360 é, simplesmente, o console mais popular do mundo.

A Microsoft não precisa brigar pelo mercado de software, pois já é dela desde o começo da década de 1990, e esse cenário não vai mudar. Nove entre dez computadores do mundo rodam alguma versão do Windows, e o pacote de escritório mais popular (e eficiente) do mundo recebe o nome de Microsoft Office. Aliás, esse é hoje o software mais lucrativo da empresa de Redmond, conseguindo sobreviver às propostas gratuitas de pacotes de escritório online dos concorrentes. Logo, é hora de buscar novos desafios.

Conquistar o mundo mobile é uma tarefa muito difícil. Na verdade, hercúlia. O mundo dos smartphones é dominado pelo Android, e o iPad é o tablet dominante do momento. O único trunfo da Microsoft para tentar mudar um pouco esse cenário é chegar para o usuário e dizer:

“a partir de agora, tudo o que você faz no seu computador, você pode fazer no seu tablet. Se você tem um ultrabook híbrido, pode escolher quando quer um produto para trabalhar ou para se divertir. Não precisa mais comprar dois produtos. E o seu smartphone vai se comportar de forma semelhante ao seu desktop, notebook e Xbox 360. Nós somos mais simples e diretos que os demais.”

Agora, vamos para a parte que realmente interessa: quem pode atualizar para o Windows 8, e quanto a brincadeira vai custar?

Tecnicamente, a maioria dos computadores mais recentes podem receber o Windows 8 sem problemas. A Microsoft prometeu que os requisitos de hardware para rodar o Windows 8 seriam parecidos com os do Windows 7, porém, é sempre bom ter uma “folga” na tabela de recursos, para que o sistema tenha uma performance plenamente satisfatória. Abaixo, os requisitos mínimos informados pela Microsoft para rodar o Windows 8 em desktops e laptops:

  • 32 Bits – 1 GB de memória, processador de 1 GHz, 16 GB de espaço no HD, uma placa de vídeo compatível com Directx 9 e monitor com resolução superior a 1024×768 (para rodar o novo menu Metro);
  • 64 Bits – versão indicada para quem tem mais do que 3 GB de memória, o sistema precisa de 2 GB de memória e 20 GB de HD, além dos requisitos de 32 Bits.

Passada essa barreira física, você precisa verificar em qual caso você se encaixa para atualizar para a solução mais vantajosa para você.

Para os usuários que compraram computadores a partir de 2 de junho de 2012, e pretendem comprar equipamentos com Windows 7 até 31 de janeiro de 2013, poderão fazer a atualização para o Windows 8 Pro por apenas R$ 29. Para aproveitar essa promoção, o usuário deve fazer um cadastro no site do programa Windows Upgrade Offer até o dia 28 de fevereiro de 2013. A Microsoft vai enviar um e-mail com a chave de validação e instrução para download e instalação do software. Detalhe: nessa modalidade, a oferta é exclusiva para aquisição do software via download. Não haverá mídias físicas para essa promoção.

Para quem tem uma versão anterior e original do Windows (Windows XP SP3, Windows Vista ou Windows 7), comprado em qualquer época de sua vida, poderá atualizar para o Windows 8 Pro, sem a necessidade de comprar a mídia física, pagando R$ 69. Nesse caso, o upgrade também é feito via download, mas em compensação, você vai poder atualizar até cinco licenças por usuário, o que passa a ser uma grande vantagem para quem tem muitos computadores em casa. Eu mesmo tenho quatro licenças originais do Windows 7 (um notebook e um ultrabook que uso em casa, e duas outras licenças adquiridas), e vou poder atualizar todos esses equipamentos pagando apenas uma vez. Essa oferta é válida a partir de hoje, 26 de outubro de 2012, e vai até o dia 31 de janeiro de 2013, e pode ser adquirida na página oficial do Windows 8.

Agora, se sua internet é uma porcaria, e o download é inviável para você, a única solução que lhe resta é comprar a licença física do Windows 8 Pro, por R$ 269. A vantagem aqui é que, a cada problema, você não passa pelo inconveniente de ter que queimar um DVD com a ISO do sistema, ou fazer o download tudo de novo para recuperar o equipamento.

Agora… se você viveu os últimos anos da sua vida se negando a pagar o seu rico dinheirinho para a Microsoft, e sempre se orgulhou de ter uma cópia “alternativa” do Windows em sua máquina, escuta essa: a Microsoft está se vingando de você, e vai fazer você esperar. Sentado.

Tudo o que falamos até aqui vale para o Windows 8 Pro, e em pacote de atualização. A versão “normal” do Windows 8, que estará disponível em tablets e equipamentos específicos e designados, não será comercializada no Brasil até, pelo menos, janeiro de 2013. Nos Estados Unidos, essa versão (Windows 8 System Builder) está a venda por US$ 100 (Windows 8) e US$ 140 (Windows 8 Pro), em versão OEM. Essa versão é a única que permite a instalação em um equipamento “do zero”, independente do sistema operacional, e se ele é ou não um Windows original.

Resumindo: para quem não tem o Windows original instalado, vai ter que esperar até o ano que vem para instalar o Windows 8. Os preços para o Brasil ainda não foram revelados.

Tudo é muito confuso para você? Não se preocupe. Ao longo dos próximos dias, temos muito material para falar sobre o Windows 8, e prometo publicar tudo de forma calma e progressiva. No final das contas, você vai ficar por dentro de tudo o que você quer e precisa saber sobre o novo sistema operacional da Microsoft, e não ficar perdido diante dos azulejos.


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