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Você pagaria para ter uma Alexa com IA?

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A Amazon flerta com a possibilidade de cobrar pelo uso de uma versão mais avançada da Alexa, seu assistente digital, que passaria a receber Inteligência Artificial (IA).

No momento em que começo a escrever este artigo, ainda não existe uma definição sobre o assunto, de modo que temos que tratar a questão como rumores.

Porém, se a Amazon realmente começar a cobrar pelo uso da Alexa com IA, é de se começar a desconfiar se a capacidade cognitiva de Jeff Bezos (ou de seja lá quem está no comando da gigante varejista neste momento) é minimamente elevada para raciocinar de forma adequada.

 

Por que a Amazon quer cobrar pela Alexa?

Porque todo mundo gosta de dinheiro, obviamente. E porque faz tempo que a Amazon quer fazer receita com a Alexa. Ou matar o assistente virtual. O que vier primeiro.

Que a Amazon precisa melhorar a Alexa com urgência, isso é fato. O assistente virtual virou de “recurso legalzinho que uso para controlar os dispositivos da minha casa” para uma completa imbecil, quando comparamos com as demais ferramentas de Inteligência Artificial.

E todo mundo sabe que manter um chatbot generativo envolve um investimento enorme na estrutura. E como já existe um universo de dispositivos da Amazon que não contam com NPU, é fácil concluir que essa IA vai funcionar a partir de servidores que precisam ser robustos para aguentar a demanda.

Tudo bem, esses servidores já existem. Afinal de contas, a Amazon Web Services, o Prime Video, o Prime Gaming e outras plataformas pesadas da gigante varejista operam dentro de equipamentos da própria empresa.

Mesmo assim: estamos falando de mais uma solução que a Amazon vai inserir no mercado. E não é qualquer solução neste caso.

E alguém precisa pagar a conta dessa novidade. Incluindo aqueles que já pagam pelo serviço Amazon Prime, ao que tudo indica.

 

Por que essa é uma decisão burra?

Porque a Amazon está realmente acreditando que as pessoas vão aceitar pagar para ter uma Alexa mais inteligente… quando praticamente todo mundo já escolheu aquela IA para chamar de sua.

De novo: eu uso a Alexa hoje para controlar as lâmpadas e ventiladores do meu apartamento, ligar e desligar a TV e o Xbox, ouvir música e perguntar “que horas são” quando não posso olhar para o relógio ou smartphone.

E nada mais.

Para todo o resto, uso o ChatGPT, o Gemini, o Perplexity e até mesmo o insuportável Copilot que se mete em tudo. E, coincidência ou não, não pago por nenhuma delas para usar os recursos que me contemplam.

A mesma Amazon que passou a cobrar mais caro para não exibir propagandas no Prime Video e que recentemente aumentou os preços do plano Prime quer enfiar goela abaixo mais uma cobrança para os seus assinantes.

E quer cobrar por algo que precisa ser surpreendentemente excepcional para justificar a nova mensalidade.

Sinceramente… eu não sei se a conta fecha. Não me imagino pagando a mais para ter uma Alexa mais inteligente neste momento.

Precisa de muita coisa para me convencer a pagar por algo que antes era de graça. Principalmente quando esse algo só serve para apagar a luz do meu quarto quando estou com preguiça.


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