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Review | Motorola Moto E 4G (2015)

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As ofertas de conectividade 4G estão ficando mais populares e acessíveis para o consumidor brasileiro. Ok, estamos longe ainda de ofertas com pacotes com grande volume de dados por preços realmente atraentes, mas algumas operadoras já oferecem a internet móvel de alta velocidade até em planos pré-pagos. Com esse cenário, a Motorola oferece o Moto E de 2ª Geração, um smartphone que possui o apelo do baixo custo, mas com a alta velocidade para transmissão de dados.

O primeiro Moto E chegou ao mundo no ano passado com o objetivo de ser o smartphone de baixo custo da empresa da Lenovo. A ideia era brigar com os telefones de entrada da Microsoft com Windows Phone, ou os modelos da Samsung na faixa de preço abaixo dos R$ 500. Já o Moto E 4G tem aspirações um pouco diferentes, uma vez que o seu preço é um pouco maior, ficando dentro do valor que o brasileiro médio pagou por um smartphone em 2014.

Mesmo assim, ele ainda se dispõe a ser o modelo mais simples da Motorola. Mas… além do preço, como as novidades impactaram no resultado final do dispositivo? Digo isso porque o 4G não é a única novidade do novo Moto E. Características dos modelos mais avançados da empresa estão presentes no novo modelo, valorizando ainda mais esse upgrade.

A seguir, nossas conclusões sobre o produto.

 

Características Físicas

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Em linhas gerais, o Moto E 4G mantém as mesmas linhas de design do modelo anterior. Os mais desatentos podem não perceber as diferenças entre um e outro até que teste os dois aparelhos (ou um deles) com as próprias mãos. Talvez as grandes diferenças visuais entre os dois smartphones são a presença de um único alto-falante na parte frontal do novo modelo (no primeiro Moto E são dois alto-falantes) e da câmera frontal presente no novo modelo (ausente no modelo antigo). Fora isso, mais nada (as 0.3 polegadas a mais do Moto E 4G não são perceptíveis de longe).

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O novo Moto E 4G mais uma vez se mostra como um dispositivo muito bem construído, muito bem acabado e condizente com a sua proposta de ser um dispositivo compacto. É um modelo de agradável agarre, e o maior tamanho de tela não impactou no seu volume final, tanto para o uso diário como para o transporte dentro do bolso. Por outro lado, aqueles que estão acostumados com os smartphones com telas maiores não serão seduzidos pelo novo modelo.

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Uma novidade no Moto E 4G é o seu bumper lateral, também chamado de Motorola Bands, que oferece a possibilidade do usuário personalizar o dispositivo, ou pelo menos deixá-lo com a sua cara em determinadas situações. A solução é uma boa sacada da Motorola, pois não só vai de encontro à filosofia de customização dos seus dispositivos (algo que vai se tornar ainda mais enfático no Brasil com a futura chegada do Moto Maker), mas também pela forma como ela foi integrada no design do smartphone.

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O bumper protege os slots laterais para os SIM cards e do cartão microSD. Como o smartphone não possui uma bateria removível, essa foi a saída da Motorola. Muito bem vinda, por sinal. Tudo bem, muitos questionam a decisão da empresa em integrar suas baterias em um conceito unobody, sem oferecer a possibilidade de troca ou remoção em caso de paradas críticas. Mas, convenhamos: o Android já é um sistema maduro o suficiente, e faz um bom tempo que não se recebe notícias de falhas graves que provoquem sua paralisação completa. E as baterias de hoje não contam mais com o famigerado efeito memória do passado.

E se algum dia a vida útil da bateria acabar, muito provavelmente você já terá comprado outro smartphone.

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Tela

O Motorola Moto E 4G possui uma tela de 4.5 polegadas, com resolução qHD (960 x 540 pixels) e proteção Corning Gorilla Glass. Como era de se esperar, é uma tela mais simples e mais condizente com a sua proposta geral. Mesmo assim, é uma tela competente para oferecer uma boa interação com o sistema operacional e visualização de conteúdos.

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Apesar de contar com a proteção contra riscos, a tela do Moto E 4G pode atrair as marcas de dedo com certa facilidade. Mas nada que o usuário não tenha que lidar com algumas soluções simples (deixar essa tela limpa, usar uma película, etc). E por consequência de sua proposta naturalmente mais modesta, os ângulos de boa visualização da tela são limitados. Ou você fica bem de frente para o aparelho na hora de ver vídeos, ou a imagem começa a ficar com tons distorcidos. Tudo dentro do esperado.

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Mesmo assim, a tela do Moto E 4G é boa o suficiente para aqueles usuários que querem ver os seus vídeos de forma descompromissada, ou assistir os seus programas de TV enquanto volta para casa. A ideia aqui é ser uma tela um pouco maior que os seus concorrentes, e que garanta uma boa experiência de uso em diferentes situações, dentro das suas características e da sua proposta.

 

Sistema Operacional e Interface de Usuário

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O Moto E 4G enviado pela assessoria de imprensa da Motorola Brasil chegou lacrado, e com o sistema operacional Android 5.0.2 Lollipop já instalado, e sem receber qualquer tipo de atualização posterior. Essa é a mais recente versão do Android disponível para os dispositivos (pelo menos no momento em que esse review foi produzido), o que é um grande ponto positivo para a empresa da Lenovo. Afinal de contas, oferece uma versão atualizada do Android logo de saída, algo que muitos usuários sempre valorizam.

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Mais uma vez a Motorola optou por não realizar muitas modificações em relação ao conceito geral do software, deixando a interface a mais próxima possível do Android ‘puro’. De novo, a escolha é acertada: as poucas adições realizadas não afetam de forma significativa no desempenho do Moto E 4G, e a experiência de uso é a melhor possível, dentro da proposta que o smartphone se posiciona.

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Os recursos exclusivos da Motorola se fazem presentes, com algumas novidades importadas dos modelos mais avançados (no caso, do Moto X), como o Moto Tela,  que exibe ícones automaticamente quando uma nova atividade é recebida pelo smartphone. Aqui, temos na prática uma reprodução do recurso herdado do modelo top de linha, mas como a sua tela não é ‘inteligente’, ela acende por completo quando as notificações são recebidas (no caso do Moto X, apenas os pontos de tela necessários para exibir a notificação são acionados).

Além disso, o comando de giro de pulso para acionamento da câmera também foi incorporado ao Moto E 4G, algo que agiliza e muito na hora de registrar aquela foto no momento onde a ação acontece.

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Também está presente o Assist, que gerencia perfis de uso de acordo com determinadas ações e horas do dia. Se você está em uma reunião, ele automaticamente coloca o smartphone em um modo silencioso, assim como nos horários onde você teoricamente está dormindo.

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De um modo geral, o Android Lollipop roda muito bem no Moto E 4G. Todo o sistema está bem fluído e funcional, e as adições promovidas pela Motorola são bem vindas. O modelo se aproxima da experiência de uso do smartphone mais caro, mas dando a chance do usuário não precisar pagar a mais por isso para ter essa experiência. Foi a forma da empresa entender que valia a pena replicar essas funcionalidades nos modelos mais acessíveis.

 

Qualidade de Áudio

O Motorola Moto E 4G possui um único alt0-falante frontal, no lugar das duas barras presentes no modelo da primeira geração. Isso resulta invariavelmente em uma redução no volume de reprodução de áudio, mas levando em conta a proposta do produto, esse aspecto acaba sendo satisfatório. Em mono, mas satisfatório.

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O volume de reprodução é audível em ambientes com baixo ruído. Como entendo que a maioria dos usuários vão utilizar os fones de ouvido para ouvir músicas e consumir conteúdos de vídeo, esse aspecto acaba não desabonando muito o dispositivo. Além disso, se até em modelos mais completos (como o Moto Maxx) a Motorola decidiu colocar apenas um alto-falante frontal, não é com o Moto E 4G que vamos reclamar sobre a ausência do áudio estéreo.

O resultado da comunicação por voz durante as chamadas é igualmente satisfatório, com uma boa qualidade de áudio. Durante os testes, as comunicações foram realizadas com boa qualidade, e de forma inteligível, sem que fossem observadas falhas ou anormalidades.

 

Câmera

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Temos aqui o item que (talvez) menos recebeu melhorias no novo Moto E 4G. A sua câmera traseira de 5 megapixels mantém o mesmo software minimalista dos outros modelos, ou seja, com recursos limitados. E como o seu sensor se mantém o mesmo do primeiro modelo, os resultados de imagem são similares.

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Aqui, temos uma típica câmera de um dispositivo de entrada, que oferece resultados de imagem apenas razoáveis. Nem mesmo o recurso de controle de foco e exposição por toque se faz tão eficiente como nos modelos mais avançados.

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De um modo geral, as qualidade final das imagens capturadas são apenas medianas, com alguma quantidade de ruído em ambientes com iluminação artificial e baixa luminosidade. E como não temos a presença de um flash LED nesse modelo, certifique-se que aquilo que será fotografado tem alguma fonte de luz para se tornar visível.

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Além disso, o sensor tende a exagerar no ajuste de brilho das imagens registradas com boa luminosidade, e sem um ajuste manual desse aspecto, algumas fotos podem oferecer um resultado final mais ‘esbranquiçado’, fugindo da proposta original da imagem capturada.

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O sensor frontal possui uma resolução VGA, e por consequência disso, as selfies ficam comprometidas. O que é uma pena, já que muitos usuários queriam uma câmera frontal no Moto E para essa finalidade. Aqui talvez as restrições feitas pela Motorola foram tamanhas, que a solução adotada não oferece os resultados esperados.

Até é compreensível as escolhas da empresa nesse aspecto. Eles deram ênfase para a melhoria de alguns aspectos, enquanto que outros permaneceram inalterados. E essa restrição só tem uma explicação: evitar elevar demais o valor final do produto, para que ele não deixe de ser atraente para o público-alvo.

A pergunta que fica é: o quão mais caro seria um sensor frontal de, pelo menos, 1.3 megapixels?

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Games

O primeiro Moto E já chamou a atenção positivamente por ir muito bem nos games, com um desempenho acima do esperado. Logo, com um hardware ligeiramente melhor, não chega a ser uma surpresa ver que o Moto E 4G consegue repetir os mesmos resultados positivos.

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Apesar de oferecer gráficos mais simples (pelo próprio ajuste dos jogos testados), o desempenho dos jogos durante os testes foi algo realmente muito positivo. Todos os jogos foram executados com boa qualidade, sem engasgos ou lags. Até mesmo títulos mais exigentes, como o Real Racing 3 e o Asphalt 8 não encontraram dificuldades em serem executados.

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Vale lembrar que o Moto E 4G conta com um Android Lollipop otimizado para um hardware mais simples, mas trabalhando em conjunto com um processador quad-core de 1.2 GHz (contra um dual-core de 1.2 GHz do Moto E original), trabalhando em conjunto com uma GPU de 450 MHz (contra 4000 MHz do modelo original). Pode parecer pouco, mas faz toda a diferença no desempenho de tarefas mais pesadas, como é o caso dos jogos.

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TV Digital

O novo Moto E 4G conta com o recurso de TV Digital, que é muito bem vindo para aqueles que estão sempre em trânsito, mas não querem perder o capítulo da novela ou o jogo de futebol do seu time. Mas tal como a própria Motorola denomina, esse recurso é, na verdade, de ‘TV móvel’, ou seja, é mais adequado para aqueles momentos que você está fora de casa ou no escritório.

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Nos testes realizados, o desempeno da TV Digital em ambientes externos foi muito melhor do que no escritório onde fica o TargetHD (térreo) e em prédios onde o aparelho foi testado (oitavo andar). É claro que os resultados podem variar de acordo com a região onde você vai utilizar esse recurso, mas em linhas gerais, o recurso de TV móvel do Moto E 4G vai funcionar de verdade quando você estiver em deslocamento, no trânsito ou a pé em uma caminhada.

Ou fora de casa, vendo o movimento da rua enquanto assiste aquele jogo.

Sobre o software, sem muitas novidades. É aquele mesmo aplicativo já visto em outros modelos da linha Moto, com recursos de gravação de programação em cartão microSD, ajuste de formato de tela, legendas (ou closed caption), entre outros. Tudo muito simples e intuitivo: basta você realizar a sintonia automática uma primeira vez, que os aplicativos salvam os canais em uma lista, para uma seleção simples em um momento posterior.

 

Desempenho

O Moto E 4G possui um desempenho realmente muito bom, para um dispositivo com a sua proposta e suas características técnicas. Levando sempre em consideração que estamos diante de uma proposta de hardware que fica abaixo do Moto G (por exemplo), a oferta geral de performance e experiência de uso é muito boa, e pode realmente atender os anseios dos usuários que não querem gastar muito em um smartphone Android.

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O processador Qualcomm Snapdragon 410 (com suporte a 64-bits, é sempre bom lembrar) cumpre com o seu papel de oferecer um desempenho bem ajustado, trabalhando em conjunto com o sistema operacional, e permitindo um gerenciamento de recursos realmente eficiente. Durante os testes, o Moto E 4G ofereceu uma performance muito bem ajustada para a sua proposta de hardware, e resultados mais do que justos para um produto da sua categoria.

Não foram observadas falhas críticas com o Android Lollipop trabalhando com esse conjunto de hardware, algo que poderia ser até normal, já que estamos falando de um software relativamente novo. Talvez algumas transições fiquem um pouco arrastadas quando utilizamos algum aplicativo mais pesado (como é o caso dos jogos, por exemplo), mas não chega a ser algo incomode ou prejudique a experiência geral de uso.

 

Bateria e Armazenamento

Para atender a demanda de um hardware mais potente e com conectividade 4G, a Motorola decidiu aumentar a capacidade de bateria do Moto E 4G, que sai dos 1.980 mAh do modelo original para alcançar as 2.390 mAh do modelo atual.

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Aqui, vários fatores convergem para uma ótima autonomia de bateria do novo Moto E 4G. Para começar, o Android Lollipop, que otimiza os recursos para um melhor desempenho com um menor consumo de bateria. Depois, a tela do novo smartphone só aumentou 0.3 polegadas, o que reduz o impacto de consumo nesse aspecto. Além disso, a eficiência do hardware da Qualcomm é outro fator que deve ser considerado.

Com tudo isso, os resultados da autonomia de bateria do Moto E 4G são excelentes. Para os usuários que são mais conservadores no uso do dispositivo, o dia útil de bateria (que é o mínimo que se pede para um telefone inteligente nos dias de hoje) está garantido. É evidente que o consumo energético é maior com as atividades que exigem mais do seu hardware (reprodução de vídeos por longos minutos, jogos, aplicativos com elevada demanda gráfica e conectividade 4G por vários minutos), mas o comportamento é considerado dentro da normalidade, sem nenhum consumo fora dos padrões.

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O Motorola Moto E 4G possui 16 GB de armazenamento, com 12.2 GB disponíveis para aplicativos e arquivos do usuário. Aqui, estamos dentro dos padrões solicitados para um dispositivo que conta com o sistema Android praticamente puro, com poucas customizações.

A boa notícia é que você pode expandir essa capacidade de armazenamento, através do slot para cartões microSD de até 32 GB, sem falar que você também tem a opção de transferir alguns aplicativos instalados na memória interna para o cartão externo. Para aqueles que pretendem instalar muitos apps no smartphone, o recurso é uma mão na roda.

 

Conclusão

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O Motorola Moto E 4G está aprovado. É uma interessante atualização em relação ao primeiro modelo, e oferece melhorias substanciais para uma proposta que oferece resultados finais muito interessantes. É um dispositivo pensado naqueles que querem um modelo que não seja tão grande como o Moto G de 2ª geração, mas que ofereça uma boa autonomia de bateria e a conectividade 4G.

Talvez alguns usuários se sintam incomodados com o fator preço desse aparelho. As atualizações de hardware resultaram em um aumento de preço de R$ 200 (em média) no novo smartphone. Com isso, ele deixa de ser um produto de entrada para invariavelmente entrar na categoria de linha média.

Por outro lado, o Moto E 4G se posiciona na faixa de preço que a maioria dos usuários brasileiros estão dispostos a pagar em um smartphone nesse momento (de acordo com os últimos relatórios da IDC Brasil), e sua relação custo/benefício é bem interessante para consolidar a Motorola na segunda posição de vendas no mercado brasileiro de smartphones.

Com um Moto G de 2ª geração custando mais caro que isso, é possível que alguns usuários olhem para esse modelo com bons olhos.

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