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Review Comparativo | Motorola Moto X vs Motorola Moto G

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Os dois últimos lançamentos da Motorola são comparados. Os modelos Moto X e Moto G receberam destaque positivo de grande parte da imprensa especializada. Porém, muitos acreditam que os modelos são praticamente os mesmos, tirando um ou outro recurso inteligente presente no Moto X. Será que é isso mesmo? Esse comparativo vai responder essa questão de uma vez por todas.

Não vamos aqui dizer qual é melhor ou pior. Até porque, por razões óbvias, o Moto X é melhor que o Moto G, e ponto final. Não há discussão nesse aspecto. O objetivo desse post é mostrar onde estão as principais diferenças entre os dois produtos, o que justificariam a diferença de preços entre os dois produtos (tá, talvez não tão gritante assim, pois o Moto X poderia custar menos), e principalmente: qual é o modelo mais adequado para o seu perfil de uso e/ou suas necessidades.

Características Físicas

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Vendo de longe, lado a lado, você realmente não consegue dizer qual é um, qual é outro. De perto, apenas aqueles que tem um olhar mais apurado vai dizer qual é qual (os menos íntimos com o mundo da tecnologia deverão confundir os modelos). A Motorola apostou em manter a mesma proposta de design para os dois produtos, com o objetivo de reforçar a nova proposta para o consumidor, e repetir a experiência de uso nos dois modelos.

Com isso, o Moto X e o Moto G são modelos “gêmeos”. As diferenças começam a aparecer quando aproximamos os dois dispositivos, e começamos a observar as suas características peculiares. Para começar, os diferentes materiais adotados para a tela fazem com que a coloração do LED do Moto G seja algo mais uniforme, enquanto que no Moto X apresenta uma área levemente mais clara na tela, por conta do AMOLED.

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Outra leve diferença é percebida na lateral direita dos dois dispositivos, onde ficam os botões de liga/desliga/bloqueio de tela e controles de volume. Além de contarem com orientações diferentes (no formato), os botões do Moto G são um pouco menores.

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Na parte frontal do dispositivo, também é possível observar que o alto-falante de chamadas do Moto G é um pouco menor (e, por conta disso, um pouco menos audível) que o do Moto X. Além disso, a câmera frontal do Moto G se posiciona do lado esquerdo do corpo do dispositivo, enquanto que no Moto X, a câmera está no lado direito. Sem falar que o Moto G possui um LED para notificações de atividades.

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Mas é na parte traseira dos dois smartphones que encontramos as principais diferenças físicas. O Moto X possui um acabamento com um material que simula o Kevlar (sim, eu sei…), enquanto que o Moto G conta com uma carcaça de plástico removível. Aqui, fica bem evidente que o modelo de linha média possui um material (teoricamente) mais simples no seu acabamento, se comparado com o modelo mais avançado. Além disso, o alto-falante traseiro do Moto X fica à direita do usuário, ao contrário do Moto G.

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As diferenças de altura, largura e profundidade entre os dois smartphones são praticamente imperceptíveis, mas existem. O Moto G, por ter uma tela menor, é levemente mais estreito e baixo que o Moto X, o que faz com que o seu agarre fique levemente mais agradável. Por outro lado, o Moto G é mais espesso e reto na parte traseira, além de ser um pouco mais pesado que o Moto X (143 gramas para o Moto G, contra 130 gramas para o Moto X).

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Essas pequenas diferenças se refletem nas dimensões dos dispositivos. O Moto X mede 129.3 x 65.3 x 10.4 mm, enquanto que o Moto G conta com medidas de 129.9 x 65.9 x 11.6 mm. Ou seja, eles são praticamente idênticos, mas o Moto G é um pouco mais confortável de se segurar. A tela de 4.5 polegadas e a parte traseira menos curvada faz com que o modelo de linha média se encaixe melhor na mão, tornando o seu uso mais confortável.

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No final das contas, as diferenças físicas não são muito gritantes. Não são fatores determinantes para a escolha de um ou de outro. Qualquer pessoa poderia escolher qualquer um dos dois smartphones por conta desses aspectos. As diferenças entre o Moto X e o Moto G começam a ficar acentuadas a partir de agora.

Tela

O Moto X possui uma tela AMOLED de 4.7 polegadas, com resolução de 1280 x 720 pixels e 312 pixels por polegada. Já o Moto G tem uma tela de 4.5 polegadas em IPS LCD, com a mesma resolução de 1280 x 720 pixels e 329 pixels por polegada. Nos números as telas são muito parecidas, e essa densidade maior do Moto G não é relevante para determinar uma melhor experiência visual.

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Na prática, as duas telas são excelentes. Porém, a tela do Moto X oferece cores mais mais quentes, puxando as tonalidades um pouco mais para o vermelho. O Moto G oferece tonalidades mais frias, o que pode soar mais agradável para muitos usuários (que entendem que a tela do Moto X satura demais as cores). Isso fica mais evidente quando abrimos páginas web com a predominância do fundo branco (como é o caso dos posts do TargetHD).

No Moto X, o branco apresenta um tom um pouco avermelhado, enquanto que no Moto G, a imagem se aproxima mais da tonalidade real (ou daquela captada pela maioria das pessoas). Particularmente, me agrada mais a tela do Moto G, justamente por esse aspecto: o resultado oferecido na reprodução das cores dos elementos da tela.

Sistema Operacional e Interface de Usuário

O Moto X (nesse exato momento que estou escrevendo esse post) está recebendo o Android 4.4 KitKat. O meu aparelho ainda não foi atualizado, de modo que o dispositivo ainda se encontra com o Android 4.2.2 Jelly Bean. O Moto G já está com a versão 4.3 Jelly Bean, e já tem a atualização garantida para o Android KitKat.

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Na prática, as diferenças na experiência de uso (nesse momento, com os dois smartphones com Android Jelly Bean) são mínimas. Elas se fazem mais presentes por conta dos recursos inteligentes presentes no Moto X, como por exemplo os comandos inteligentes por voz, os comandos de movimento para a câmera e, principalmente, na tela inteligente. Fora isso, os dois modelos oferecem experiências de usabilidade muito similares.

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Com isso, os dois smartphones se comportam, em linhas gerais, de forma idêntica. Essa é uma grande vantagem dessa nova linha de smartphones da Motorola: mesmo com produtos diferentes, com preços tão diferentes, o usuário vai receber experiências de uso similares. Mais ou menos aquilo que a Nokia faz com os modelos da linha Lumia, com Windows Phone.

Hardware

O Moto X possui processador Qualcomm MSM8960 Snapdragon S4 Pro dual-core de 1.7 GHz (com a tecnologia X8 Mobile Computing System), 2 GB de RAM, GPU Adreno 320 e até 16 GB de armazenamento. O Moto G conta com processador Qualcomm Snapdragon 400 quad-core de 1.2 GHz, 1 GB de RAM, GPU Adreno 305 e versões com 8 e 16 GB de armazenamento. Essas diferenças técnicas são importantes para determinar o que um produto é ou não capaz de fazer, mas não fundamentais para se converter em uma experiência de uso pior ou melhor.

Como já foi dito antes nessa análise, os dois modelos oferecem uma experiência de uso muito boa. No caso do Moto G, ele impressiona de forma positiva, pois em jogos que exigem uma maior demanda dos recursos de hardware (como nos casos de Real Racing 3 e Iron Man 3), o smartphone apresentou um desempenho surpreendentemente impecável (mesmo com algumas restrições de reprodução de gráficos), sem lags ou travamentos.

O usuário que optar pelo Moto G não vai se arrepender nesse aspecto. É o modelo com um desempenho acima de sua média de preço e posicionamento de mercado. O Moto X também impressiona pela sua performance impecável, mas se posiciona em um patamar diferente. É um smartphone com recursos inteligentes, mostrando a nova proposta da Motorola/Google  para os seus futuros lançamentos.

Podemos definir dessa forma:

– O Moto G é o smartphone ideal para os usuários de entrada, ou para aqueles que querem o melhor desempenho possível pelo menor preço.
– O Moto X é o smartphone para usuários avançados, que querem a máxima performance, com recursos inteligentes.

Nos dois casos: é uma das melhores escolhas possíveis no mercado de smartphones.

Câmera

Aqui está um dos itens que mais acentuam as diferenças entre o Moto X e o Moto G. Por partes.

O Moto X possui uma câmera traseira de 10 megapixels (1/2.6″), gravação de vídeos em Full HD (1080p, 30 FPS), recurso de câmera lenta nas gravações de vídeo, recursos de geo tagging, HDR e outras funcionalidades inteligentes. Além disso, o modelo conta com um sensor frontal de 2 megapixels, com gravação de vídeos em Full HD.

O Moto G trabalha com um sensor traseiro de 5 megapixels, com recurso de HDR e foto através do toque na tela, gravação de vídeos em HD (720p, 30 FPS), e câmera frontal de 1.3 MP, com gravação de vídeos em HD.

Pelos números e características, já é possível observar que as câmeras dos dois smartphones são bem diferentes. Na prática, os resultados são ainda mais díspares. Apesar das fotos produzidas pelo Moto X ainda ficarem aquém dos seus principais concorrentes, depois da primeira atualização feita pela Motorola para corrigir os seus problemas, a qualidade das fotos melhorou de forma considerável. E, comparadas com as fotos capturadas pelo Moto G, os resultados produzidos pelo sensor do Moto X são muito superiores.

Por outro lado, a câmera do Moto G está “na média” que encontramos entre os modelos de sua categoria. Historicamente, a Motorola nunca conseguiu entregar boas câmeras para os seus smartphones. E esse parece ser um dos pontos de maior reclamação dos proprietários do Moto G, que esperavam uma câmera melhor (algo que é compreensível, já que estamos falando de um produto que é considerado acima da média dos seus rivais).

A seguir, um breve comparativo de fotos (na ordem, Moto X e Moto G):

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Fotos Noturnas

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Bateria

Esse é outro ponto que detectei diferenças nos dois modelos, e que não são diferenças apenas numéricas. O Motorola Moto X possui uma bateria de 2.200 mAh, enquanto que o Moto G conta com uma bateria de 2.070 mAh. Você poderia imaginar que essa desvantagem de 130 mAh do Moto G poderia se converter em uma pior autonomia de bateira. Mas não é isso o que acontece.

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O Moto X possui uma bateria considerada boa para um produto do seu porte. Conta com um processador que executa mais recursos de forma simultânea, mais sensores funcionando ao mesmo tempo, e funcionalidades que fazem com que o smartphone necessite ficar conectado o tempo todo no WiFi ou 3G/4G. Logo, de forma natural, essa demanda de bateria é maior. Mesmo assim, para quem tem um uso considerado normal ou moderado, pode ter a certeza que a bateria do Moto X vai sobreviver por um dia completo de uso, antes de ir para o carregador no final do dia.

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Já o Moto G impressiona na sua autonomia de bateria. Em standby, sem mexer muito no aparelho e com a conectividade WiFi ativa, o smartphone consegue ficar por mais de um dia sem precisar chegar perto do carregador (em nossos testes para o review, ele ficou mais de quatro dias em standby sem recarga de bateria, e ainda com mais de 40% de bateria restante). Para quem usa o smartphone para as atividades mais comuns (redes sociais, e-mails, navegação na web, música, fotos, etc), a autonomia dura tranquilamente pelo menos um dia e meio de uso. E até para os usuários mais exigentes (fotos, vídeos, games, etc), é possível alcançar um dia completo de uso, antes da bateria ser recarregada.

Não só pelas diferenças do hardware, mas devemos levar em conta que, no momento dos testes, o Moto G contava com o sistema operacional Android 4.3 Jelly Bean, que possui melhorias diversas em relação ao Android 4.2.2 Jelly Bean do Moto X, incluindo um melhor gerenciamento de recursos, que se convertem em uma maior autonomia de bateria.

Conclusão

A Motorola fez um ótimo trabalho nos dois smartphones, que podem atender muito bem usuários com perfis distintos. O Moto G é o melhor smartphone de linha média do mercado nesse momento, pois oferece benefícios decisivos para atender as necessidades dos usuários. O Moto X é um dos smartphones recomendados para os geeks convictos, pela experiência de uso próxima ao do Android “puro”, pelo design agradável e pelos recursos inteligentes (que, aos poucos, se tornam mais inteligentes ainda).

Review em Vídeo


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