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Por que só agora o Windows 11 faz sentido em existir, depois de 3 anos

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Quando o Windows 11 chegou ao mundo em 2021, muitos se perguntaram: “por que?”. Sério, ele não fazia muito sentido, ainda mais quando a Microsoft prometeu em 2016 que o Windows 10 seria “o último Windows da história”.

O tempo mostrou que “a Microsoft se engana” (só para não dizer que ela mente), e que a tal evolução tecnológica meio que “salvou” o Windows 11 de alguma forma.

Digo isso porque depois de três anos, o Windows 11 agora faz sentido, já que ele passa a apostar no ARM e recebe a Inteligência Artificial de forma nativa via Copilot+.

 

A pandemia foi justificativa ou desculpa?

O Windows 10 foi posicionado como “a versão final” do sistema operacional da Microsoft, com atualizações semestrais.

E é claro que a Microsoft não deu conta de tudo isso. Caso contrário, não teríamos o Windows 11 e esse artigo simplesmente não tinha qualquer sentido em sua existência.

Muitos questionaram o lançamento do Windows 11, tanto pelo fato do Windows 10 ainda funcionar muito bem, quanto pelas exigências nas especificações técnicas mínimas para que a nova versão funcionasse no computador.

Vários equipamentos com um hardware competente ficaram de fora do Windows 11, que mudou muito na estética, mas tinha cara de apressado e inacabado em algumas áreas do sistema.

A Microsoft usou a pandemia como desculpa para lançar o Windows 11 em 2021, pois a crise sanitária global teria acelerado a transformação digital. Dessa forma, o novo sistema operacional apareceu para beneficiar os profissionais que trabalhavam em modo híbrido (em casa e nos escritórios).

Palavras da Microsoft na época:

“Quando anunciamos uma nova versão do Windows [referindo-se ao 11], isso surpreendeu alguns de vocês. Você disse: “Eu pensei que o Windows 10 era a versão mais recente da história, o que aconteceu?” Gente, o que aconteceu foi a pandemia global.” Como, quando e onde trabalhamos mudou radicalmente da noite para o dia. A transformação digital acelerou mais do que poderíamos ter previsto. Então, o Windows também teve que mudar. Uma nova versão projetada para o trabalho híbrido era absolutamente necessária. Mas cada dia apresenta novos desafios, então o Windows vai continuar evoluindo e você vai evoluir nas suas empresas também, para que todos possamos superar essa situação e continuar conseguindo fazer o nosso trabalho independente das surpresas que cada dia traz”.

A desculpa pode ser válida, mas é pouco convincente. O Windows 10 já fazia isso de forma competente. Na prática, o novo sistema operacional apareceu para impulsionar as vendas de novos computadores, em uma estratégia que funcionou.

Agora, é preciso justificar um novo impulso de vendas do mercado. E a Inteligência Artificial é um motivo que cai como uma luva para os interesses de todos os envolvidos, indo de fabricantes de periféricos e computadores até a própria Microsoft.

 

Copilot+ e a Inteligência Artificial

Não podemos negar que a chegada do Copilot+ no Windows marca um ponto de inflexão no sistema operacional da Microsoft. Gostemos ou não, esse é um dos maiores avanços da história do sistema operacional da gigante de Redmond.

Para incluir uma IA no Windows, a arquitetura do sistema operacional (que existe dessa forma há décadas) foi modificada para suportar mais de 40 modelos de IAs generativas. O “Recall”, que faz um replay da sua rotina de uso com o computador, têm potencial real para revolucionar a forma como trabalhamos com os PCs, da mesma forma que o ChatGPT, o Copilot e o Gemini já fizeram na tecnologia de um modo geral.

A partir de agora, só o Windows 11 é capaz de reter uma memória completa do que o usuário faz no computador, e com compreensão de contexto de atividades a partir do que é exibido na tela.

Na prática, você pode pedir para voltar no momento onde você estava desenvolvendo uma parte específica de um código para descobrir por que você foi interrompido por aquela chamada de vídeo do seu chefe, o que quebrou a sua concentração e, por tabela, causou o bug que você mesmo escreveu ao inserir comandos errados depois desse ponto.

Os recursos de IA generativa vão funcionar em tempo real no computador, e nos mais diferentes campos e atividades. Remoção de fundos em fotos, aprimoramento de imagens e tradução em tempo real: tudo isso, sem depender da internet.

No momento em que este artigo foi produzido, a WWDC 2024, evento para desenvolvedores da Apple, ainda não aconteceu. Porém, se a gigante de Cupertino não apresentar algo neste nível no iOS, iPadOS e macOS, é correto dizer que a Microsoft deu um passo a frente com o Windows na usabilidade e praticidade do seu sistema operacional.

E tanta inovação acumulada justifica FINALEMTNE a mudança para o Windows 11… e o (muito provavelmente) maior investimento para a aquisição de computadores compatíveis para essas funcionalidades inteligentes.

Ou seja, não só a Microsoft ofereceu a desculpa perfeita para mudar do Windows 10 para o Windows 11 (mesmo que seja na base da obrigação por causa do fim do suporte), como faz isso de forma irrefutável, já que agora a nova versão faz todo o sentido do mundo em existir.

Isso é… se não vier o Windows 12 daqui a um ou dois anos. Se isso acontecer, o Windows 11 só serviu de ponte para a verdadeira porta de entrada para a nova fase nos sistemas operacionais da Microsoft.


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