A NVIDIA alcançou um feito histórico ao superar o valor de mercado de Apple, tornando-se a segunda empresa mais valiosa do mundo, apenas atrás de Microsoft. A ascensão meteórica reflete o enorme potencial econômico da inteligência artificial (IA).
A empresa comandada por Jensen Huang é a principal fornecedora de chips especializados que potenciam a tecnologia da IA, sendo referência no setor. Boa parte do seu valor agregado está justamente alinhado com a explosão das IAs generativas.
Mão deixa de ser um momento importante para o mundo da tecnologia, e mesmo que tais números mudem pouca coisa na percepção do coletivo, eles podem revelar indícios das mudanças que estão cada vez mais claras no setor.
Os efeitos de uma NVIDIA valendo mais que a Apple
O CEO de NVIDIA, Jensen Huang, receberá um bônus anual de 34,3 milhões de dólares, o que representa um aumento de 60% em relação ao ano anterior. No entanto, isso apenas representa apenas 0,04% de sua fortuna total.
A ação de NVIDIA alcançou um valor histórico de 1.221 dólares, com uma capitalização bruta de 3,01 bilhões de dólares. A empresa realizará um split 1:10 no próximo dia 7 de junho para facilitar o acesso a pequenos investidores.
Era perceptível o crescimento da empresa em paralelo ao avanço da IA no setor de tecnologia. Em 2024, a NVIDIA já se revalorizou 153,4%, enquanto a Apple cresceu apenas 5,8%. Na prática, são duas tendências: o aumento dos chatbots em paralelo à queda nas vendas dos dispositivos de Cupertino.
Os analistas projetam que os ingressos de NVIDIA para o ano fiscal de 2025 sejam de cerca de 110 bilhões de dólares, com um preço objetivo de ação de 1.342 dólares (antes do split).
NVIDIA como referência para o futuro da IA
A NVIDIA se tornou uma aposta não apenas financeira, mas também pelo futuro da IA como um todo. Outras empresas querem ter essa mesma visibilidade, e aqui destaco a Qualcomm e a AMD, que saíram na frente da Intel na produção de processadores para computadores focados nas plataformas de tecnologia generativa.
A Apple representa a era do smartphone, que começa a dar sinais claros de uma necessidade de renovação na proposta. Neste aspecto, a gigante de Cupertino busca na parceria com a OpenAI uma solução imediata para reverter essa percepção de que está para trás nessa inclusão da IA no seu iPhone.
Os investidores parecem estar comprando a visão de NVIDIA para o futuro, e com a capitalização bruta de 3 bilhões de dólares superada, os olhares agora se voltam para novas barreiras psicológicas: os 5 bilhões e, quem sabe, até os 10 bilhões no valor de mercado.
Acho bem difícil ver isso acontecendo, levando em consideração o atual cenário de tecnologia. Mas não duvido de mais nada. Se Jensen Huang conseguiu normalizar a jaqueta de couro como vestimenta válida para executivos de tecnologia, é crível pensar que o céu é o limite para ele.