A Apple anunciou oficialmente o novo iPhone X Edition, smartphone que comemora o décimo aniversário de lançamento do iPhone, e que marca uma mudança completa no design do dispositivo.
É o smartphone mais arriscado e completo que a Apple lançou em dez anos, oferecendo várias novidades nas especificações técnicas, mostrando uma mudança radical nas bases que a empresa manteve para o iPhone ao longo desse tempo.
O novo iPhone X se une à Samsung, LG, Xiaomi e tantos outros ao apostar em um design com a parte frontal ocupada completamente pela tela. A parte frontal do dispositivo recebe uma tela de 5.8 polegadas, mas mais compacto e manejável que o iPhone 8 Plus (70 mm de largura, 143 mm de altura e menos de 8 mm de espessura).
O novo iPhone X não tem bordas de tela. Apenas a parte superior conta com uma área discreta, onde recebe a câmera e seus sensores. Seu acabamento é em cristal nas partes frontal e traseira, e o dispositivo recebe proteção contra água e poeira.
O dispositivo conta com tela com tecnologia OLED, e esta é uma melhoria que vai além da qualidade do material e da resolução em si. A tela Super Retina Display conta com uma resolução de 2436 x 1125 pixels (458 ppp), recebendo o 3D Touch e HDR compatível com Dolby Vision e HDR10.
Com esse novo design, o iPhone X marca o desaparecimento do botão Home. A nova interface do iOS 11 vai mesmo se basear em gestos para o seu controle.
O Touch ID também desapareceu, e a Apple vai se arriscar com o Face ID para desbloqueio do dispositivo. O sistema se vale de sensores infravermelhos para detectar o nosso rosto a partir de diferentes ângulos e áreas parcialmente ocultas. O reconhecimento 3D deve evitar que uma foto ou máscara seja utilizada para desbloquear o smartphone.
Para obter essa confiabilidade na identificação, o smartphone se vale da Neural Engine, tecnologia integrada no chip A11, que reconhece o rosto com óculos. O Face ID também vai funcionar com apps de terceiros.
O novo processador A11 Bionic foi completamente desenvolvido pela Apple. Conta com seis núcleos e trabalha com 3 GB de RAM, além de uma GPU também criada completamente pela Apple.
Mais uma vez a Apple deve contar com uma vantagem competitiva baseada no controle de hardware + software, oferecendo um desempenho a altura dos seus rivais, independente dos núcleos do processador ou da quantidade de RAM.
Na bateria, o novo iPhone X traz como novidade um sistema de recarga sem fio Qi, compatível com os dispositivos que já estão no mercado. A Apple não fala em números, mas podemos esperar uma melhoria de autonomia com a tecnologia OLED da tela, sem falar no novo processador, que deve gerenciar melhor o consumo de recursos do dispositivo.
Nas câmeras, o iPhone X volta a receber um sensor traseiro duplo de 12 MP, que reforça a ênfase no modo retrato. De maior tamanho, consegue melhores resultados em condições de pouca luz, podendo gravar vídeos em 4K a 60 fps. Também contará com um modo de câmera lenta a 240 fps em 1080p.
A abertura da câmera traseira dupla é de f/1.8 e f/2.8, com diferentes distâncias focais para obter o zoom 2x. As duas lentes contam com estabilização ótica, e o seu flash possui 4 LEDs. Além disso, o iOS 11 vai receber em breve um modo retrato melhorado.
A câmera frontal conta com 7 MP e também passa a contar com um modo retrato.
O iPhone X começa a ser vendido em 3 de novembro, mas as reservas começam no dia 27 de outubro. Estará disponível nas versões com 64 GB e 256 GB. Seu preço inicial sugerido é de US$ 999. Na Europa, o modelo com 256 GB custará 1.329 euros, o que dá um valor estimado nos EUA de US$ 1.299.
Não há previsão de lançamento ou preços para o Brasil, por enquanto.