Poucas horas depois de Elon Musk chocar a sociedade cristã ocidental ao aparecer fumando maconha e bebendo uísque em um programa transmitido ao vivo pelo YouTube, dois diretores da Tesla renunciaram aos seus postos, e a empresa registrou queda de 9% no valor de suas ações.
David Morton, responsável pela contabilidade e contratado pelo próprio Musk, deixou o posto pela pressão que a Tesla exercia sobre ele. A segunda renúncia foi de Gary Toledano, responsável pelos recursos humanos da empresa.
Por outro lado, também foi anunciada nas últimas horas um processo contra a Tesla por parte do ativista Andrew Left.
Musk apareceu fumando marijuana e bebendo no programa do comediante norte-americano Joe Rogan, que foi transmitido ao vivo pelo YouTube.
Musk aceitou ingerir as substâncias, mas antes perguntou se era legal. O cigarro, segundo Rogan, continha maconha e tabaco, algo legal na Califórnia, local onde a transmissão aconteceu.
O episódio volta a colocar a idoneidade de Elon Musk para comandar a Tesla à prova. A empresa perdeu 30% do seu valor de mercado em apenas um mês, e os descontentamentos por parte dos acionistas se tornaram comuns.
É um cenário complexo, e muitos acionistas o associam diretamente com a conduta de Musk. O futuro da Tesla é incerto, ela precisa demonstrar rentabilidade e alcançar alguns objetivos, mas a incredulidade que rodeia a marca se torna cada vez mais forte.
Um dos reflexos disso está nas intenções de Musk em retirar a Tesla da bolsa de valores, mas isso foi reconsiderado depois de comprovado que a maioria do conselho administrativo não quer isso. Sem falar na confusão envolvendo a tentativa de resgate das crianças presas em uma caverna na Tailândia, com um Musk chamando um profissional britânico de pedófilo depois de ter o seu submarino recusado pelo time de resgate.
A Tesla precisa caminhar. Seguir em frente. A queda de 30% na bolsa para os próximos seis meses pode ser revertida. E, para isso, manter a confiança nos seus projetos é algo fundamental.