O Estados Unidos voltou a sofrer um terrível tiroteio, e mais uma vez culparam os videogames pelo incidente. Um jovem que foi expulso do Stoneman Douglas High School na Flórida, matou 17 pessoas portando um rifle AR-15 no dia 14 de fevereiro.
O governador do Estado de Kentucky, Matt Bevin, não teve dúvidas em culpar os videogames pelo ocorrido. A atitude ilustra o baixo conhecimento do político sobre o tema, e o quão fácil é desviar a atenção sobre o problema real, recorrendo à desculpa habitual.
Não é a primeira vez que culpam os videogames pelos tiroteios, assassinatos e outros delitos graves. A ‘ideia’ é que os videogames violentos corrompem a mente dos menores, transformando eles em psicopatas sedentos por sangue.
Felizmente, as pessoas estão acreditando menos nessa pantomina. Mas é preocupante como tem pessoas que não sabem ver e assumir que o principal problema não está nos videogames, mas sim na débil política de livre acesso às armas.
Matt Bevin se pergunta como um menor de idade joga games violentos e não apropriados para a sua idade, mas não questiona como um menor pode obter um rifle semiautomático de grau militar.
Conseguem perceber a diferença aqui?
É a mágica da hipocrisia norte-americana: culpar o inocente para esconder o verdadeiro culpado. A Austrália atravessou por cenário similar, e depois de viver o pior tiroteio de sua história, decidiu não proibir os videogames. O senso comum fez com que requisitasse armas e mudasse as leis locais.
Simples assim.
Via WCCFTech