Sem luz, não há o que fotografar. Fato. Porém, com a tecnologia de hoje, até esse argumento começa a perder força. Os melhores sensores fotográficos trabalhando com a inteligência artificial e softwares otimizados podem resolver essa questão.
Em algum momento temos que registrar fotos em ambientes com baixa luminosidade. Nesse momento, ou aumentamos a exposição deixando o obturador aberto por mais tempo, ou aumentamos a sensibilidade do sensor por ISO.
A primeira opção pode gerar movimentos nos objetos, e a segunda opção adiciona muito ruído na imagem. Há um terceiro fator que é levado mais em consideração: o pós-processamento de imagem via software.
Pois bem, pesquisadores da Intel e da Universidade de Illinois criaram uma ferramenta para processar imagens mal expostas, se valendo da aprendizagem automática para recuperar as fotos. O resultado seria melhor do que o obtido alterando parâmetros da câmera manualmente em um programa de processamento de imagens.
Foram registradas no estudo mais de 5 mil fotos com exposição muito curta, e outras 5 mil com boa exposição. A IA estudou as imagens para aprender como são as imagens no escuro e como deveriam ser se tivessem uma boa exposição. A partir daí, a rede neuronal aprendeu a reconstruir as imagens registradas em uma escuridão (quase) total.
A inteligência artificial acaba aplicando uma série de técnicas na imagem, além de aumentar a exposição, colorindo áreas com a cor mais adequada possível, mesmo gerando a perda de pequenos detalhes, uma vez que o software não consegue definir corretamente os limites de cada área.
A nova ferramenta está na fase inicial de seu desenvolvimento, e precisa melhorar os seus resultados. Mas já conseguiu algo impressionante, levando em conta que são imagens praticamente escuras.
O processamento de imagem está ganhando cada vez mais peso na hora de registrar uma foto, e o exemplo claro disso está nos smartphones. Rivalizam com uma câmera DSLR em muitos casos, e não pelo hardware, mas sim pelas melhorias de software.
Com a ajuda da IA, podemos dizer que céu será o limite no futuro.
Via BoingBoing