A Xiaomi esta desenvolvendo os seus próprios processadores, com o objetivo de contar com designs personalizados e ser mais independente de terceiros, jogando com as mesmas armas que Apple, Samsung ou Huawei.
Os processadores em desenvolvimento recebem o nome de código Pinecone, e chegariam ao mercado em março. Na primeira fase, seriam dois modelos:
– Pinecone V670, dedicado aos modelos de entrada e linha média com fabricação de 28 nanômetros e 8 núcleos Cortex-A53 com GPU Mali-T80 MP4 de quatro núcleos.
– Pinecone V970, com fabricação e 10 nanômetros, com quatro núcleos Cortex-A73 a 2.7 GHz e outros quatro núcleos Cortex-A53 a 2 GHz. Um chip top de linha que aspira competir com o Qualcomm Snapdragon 835.
Os dados assentam uma nova fase da Xiaomi, que deve se transformar nos próximos meses em um fabricante muito mais importante.
Xiaomi, sua independência e o problema das patentes
A expansão internacional da Xiaomi é limitada por questões legais. Fabricar seus próprios processadores dá à empresa a independência da Qualcomm, e pode ser o primeiro passo para resolver essa questão.
Desse modo, a empresa deixa de ser um pouco mais do que uma fabricante, passando a ser uma inovadora, não mais copiando o que os outros fazem e vendendo mais barato, querendo olhar para os gigantes da telefonia móvel de igual para igual. Desenvolver seus componentes é essencial para marcar o ritmo, sem se limitar aos prazos dos provedores.
As vantagens da decisão vão além: o Pinecode pode reduzir o preço final dos dispositivos (ou aumentar a margem de lucro por unidade), pode ser revendido para terceiros ou até contar com uma posição mais sólida diante da Qualcomm e outros provedores.
É claro que a manobra não está isenta de riscos: fabricar processadores para smartphones nesse nível implica em um aumento de recursos humanos, de instalações e de materiais.
Será que a Xiaomi é forte o bastante para isso?