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TIM rebate acusações da Anatel: “falhas grosseiras foram cometidas”, diz vice-presidente

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A TIM resolveu se pronunciar oficialmente sobre o relatório da Anatel divulgado ontem (07/08), em matéria da Folha de São Paulo, que acusa a empresa de alterar dados do número de quedas das chamadas dos clientes do plano Infinity. Quem fala em nome da operadora é o seu vice-presidente, Mario Girasole.

A acusação da Anatel consiste no fato que a TIM, por estudo feito pelo próprio órgão, está “derrubando de propósito” as chamadas efetuadas pelos assinantes do plano Infinity, podendo assim lucrar em cima de novas tentativas de chamada. O plano Infinity é vendido em suas propagandas como um “plano ilimitado”, com cobrança por ligação, e não por minuto.

Mario Girasole afirma que “houve falhas grosseiras” no relatório da Anatel, que foi realizado a pedido do Ministério Público do Paraná, que instaurou inquérito para investigar a qualidade do serviço da operadora no estado. Para chegar à tal conclusão, a Anatel monitorou todas as ligações realizadas pelos usuários da TIM entre os meses de março e maio de 2012, em todo o Brasil.

A conclusão do estudo (foto abaixo) foi que a operadora (TIM) “continua derrubando de forma proposital as chamadas de usuários do plano Infinity”, com um índice de quedas muito maior do que nos outros planos da empresa. Os índices registrados de quedas para o plano Infinity foi de até quatro vezes maior do que a dos outros planos. Como não há uma explicação sistêmica para que isso aconteça (uma vez que a rede é a mesma para todos os usuários, independente do plano assinado), a única explicação aceitável é pela “seleção” dos usuários que utilizam o plano “ilimitado”.


(crédito da imagem: tecnoblog.net)

Mas a opinião da TIM é outra. Para a operadora, os dados da análise da Anatel são baseados em “dados viciados”, uma vez que no plano Infinity, só vale a tarifação ilimitada nas chamadas entre números da própria TIM. Na opinião de Girasole, os fiscais da Anatel incluíram chamadas destinadas a outras operadoras, sem verificar se a falha de conexão ocorreu na origem ou no destino. O executivo afirma que a TIM refez os cálculos, e que a taxa de desligamento das conexões foi de apenas 1,5%, ou seja, abaixo da meta estabelecida pela Anatel, que é de 2%.

Girasole ainda afirma que a operadora “não faz discriminação” entre os clientes Infinity dos demais planos, e tem ciência que “derrubar deliberadamente seria um crime (…), e isso não acontece, definitivamente”. Na opinião do executivo, outros fatores alheios à TIM podem ser responsáveis para um relatório tão desfavorável à operadora.

“Ou existe um quadro criminoso, ou existe má-fé, ou existe incompetência”, disse Girasole. “O que posso dizer é que essa prática não faz parte da gramática da TIM”. O executivo reforça que os “erros primários” já tinham sido apontados pela própria operadora, e mesmo assim, o relatório serviu de base para o Ministério Público, e não entende porque isso aconteceu dessa forma. “Violaram uma garantia constitucional”, afirmou Girasole.

Antes do caso ser julgado pelo conselho da Anatel, o órgão vai refazer o relatório (fato esse dito apenas pelo executivo da operadora; até o momento, a Anatel não confirma tal informação). A Anatel apenas se pronuncia dizendo que “somente após a regular tramitação do processo, com direito ao contraditório e à ampla defesa da prestadora, a agência irá deliberar sobre o assunto”.

Via Folha.com.br


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