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Apesar dos pesares, o streaming ainda é melhor do que ir ao cinema

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A Netflix venceu a guerra dos streamings, em todos os sentidos. Ela basicamente faz o que quer com o setor, já que é pioneira neste segmento. Mas não só isso: mostrou para todo mundo que compreende melhor o setor.

Todos os demais serviços seguiram os passos da Netflix, e como cães arrependidos, voltaram a ceder os direitos dos seus conteúdos, já que entenderam que esse era um ativo precioso para os estúdios. O dinheiro deixou de pingar depois que todo mundo apostou na exclusividade.

No final, a Netflix acabou com a divisão das contas, colocou publicidade, cobrou mais caro de todo mundo, teve vários conteúdos de volta… e não só venceu a guerra dos streamings, como mostrou para o consumidor que ainda é melhor ver cinema em casa do que ir até os cinemas.

 

A economia que eu faço, mesmo pagando mais caro

 

Você pode até dizer que a Netflix virou “mais uma plataforma de streaming” diante de outras alternativas, e muitos usuários chegaram a cancelar o serviço, dando preferência para a concorrência. Mas não pode negar que ainda é mais barato ver o streaming em casa do que pagar os valores cobrados pelos cinemas.

Hoje, o Max e o Disney+ contam com catálogos mais relevantes que a Netflix, e todas essas plataformas mencionadas cobram hoje basicamente a mesma coisa nos seus planos mais caros (em torno de R$ 55,90 por mês).

Um problema comum de todas essas plataformas (e aqui, eu tenho que colocar o Apple TV+, o Amazon Prime Video e o Paramount+ nessa equação) é o aumento de preços em cada um dos serviços. Está efetivamente mais caro assistir aos conteúdos por streaming em 2024.

Isso levanta dúvidas sobre a relação custo-benefício que cada plataforma oferece, o que torna o assinante mais seletivo sobre o serviço que vai pagar em um determinado mês.

E, mesmo assim: se o usuário assinar TODOS OS SERVIÇOS DE STREAMING AO MESMO TEMPO, vai pagar o mesmo que ASSISTIR A TRÊS OU QUATRO FILMES POR MÊS nos cinemas.

 

Abandono a experiência do cinema (porque o dinheiro importa)

Eu adoro ir ao cinema.

É uma experiência de vida que tenho conexão profunda desde a infância, e admito que é algo inigualável. Não dá para emular a ideia de entrar em uma sala escura com pipoca com lemon pepper para acompanhar uma história que promove a fuga da nossa torturante realidade por algumas horas.

Mas não resta dúvidas de que ir ao cinema se tornou uma experiência cara. Se você não paga uma promoção, vai ter que lidar com ingressos caros, os estacionamentos em shoppings cobram valores elevados e as bombonieres simplesmente perderam a noção sobre os valores cobrados na pipoca e refrigerantes.

É correto dizer que uma ida para os cinemas não sai por menos de R$ 50 por filme para qualquer pessoa. Até mesmo aquela pessoa que não tem carro e vai ao shopping de transporte público vai pagar pelo menos isso para assistir a um único filme.

O normal é deixar pelo menos R$ 100 por pessoa para ir ao cinema nos principais mercados nacionais, somando todos os gastos envolvidos neste entretenimento.

Assistir aos filmes em casa via streaming tem várias vantagens, e a questão econômica é apenas uma que, talvez, é a mais relevante. Escolher o momento em que vou assistir ao filme, pausar a reprodução para ir ao banheiro e pagar bem menos pela pipoca e refrigerante são fatores que qualquer pessoa deve considerar antes de sair de casa para ver um filme.

Além disso, vários serviços de streaming e TV paga ainda estão entregando os lançamentos dos cinemas em um intervalo de tempo consideravelmente menor do que acontecia no passado, o que torna a espera tolerável para quem não pode ir assistir ao filme por falta de tempo, ou não quer pagar a mais só para ver o filme no momento do hype de seu lançamento.

No final das contas, a conta não fecha: a experiência de ir ao cinema não entrega a melhor relação custo-benefício, inclusive na qualidade dos filmes que, em muitos casos, contam com orçamentos estratosféricos para oferecer resultados de gosto duvidoso.

Ter acesso à cultura não deveria ser algo tão caro. Mas… vivemos em um mundo capitalista, não é mesmo?

 

Faça a sua escolha

Eu reconheço a necessidade de todos os envolvidos em obter lucro no processo. Estúdios, redes de cinema e até a marca da pipoca oferecida na bomboniere precisam recuperar o investimento para se manterem sustentáveis.

Por outro lado, o que está acontecendo neste momento (e bem antes da tal crise sanitária global) é um verdadeiro absurdo. Nenhum dos envolvidos estão preocupados em reduzir os preços para atrair o público, pois pensam apenas na recuperação das perdas dos últimos anos.

Porém, o streaming chegou como uma alternativa irreversível aos cinemas. É um formato mais flexível e relativamente mais barato, mesmo com todas as plataformas inflacionando os valores dos serviços.

No streaming, o usuário pode escolher o filme que quer, na resolução desejada e visualizar o conteúdo no dispositivo que deseja. Pode inclusive cancelar e retomar a assinatura de um serviço conforme a necessidade, e não perder nenhuma das configurações de conta ou listas de filmes e séries que estava assistindo.

Logo, os estúdios e redes de cinemas precisam entender, de uma vez por todas, que o poder de decisão mudou de mãos. Acabou o monopólio das caras salas dentro de shoppings. Hoje, vivemos a era onde é o usuário que vai escolher onde, quando e como vai assistir ao filme tão desejado.

Em alguns casos, esperar vale a pena. É uma enorme economia de tempo e de dinheiro. E todo mundo gosta de economizar os dois nos dias de hoje.


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