Todo mundo pensava que o mundo da telefonia estava mudando, com uma linha média com uma relação custo-benefício cada vez melhor. Porém, os principais fabricantes criaram um novo segmento, com smartphones que esbarram a casa dos R$ 5.000 no Brasil.
Samsung e Apple começaram com essa tendência. O Galaxy Note 8 chegou ao Brasil custando até R$ 4.799, e o iPhone X não deve custar menos que isso. Sem falar no iPhone 8 Plus na sua versão mais completa, que fatalmente vai esbarrar na casa dos R$ 5.000.
Talvez o LG V30 entre nessa categoria de preço quando chegar por aqui, e se os importados Huawei Mate 10 ou Pixel 2 XL também fossem comercializados por aqui, não seria surpresa ver os dois modelos alcançando os mesmos valores.
Na hora de avaliar se um smartphone vale quase R$ 5.000, alguns pontos precisam ser analisados, e os números frios nunca contam a realidade.
A exclusividade pode justificar o preço superior. Tanto no design como na escolha de materiais, a proposta de tela sem bordas, ou em formato curvo… tudo isso pode encarecer um produto.
Porém, marcas como LG e Xiaomi começam a oferecer esses diferenciais em produtos com preços não tão proibitivos. A Apple, por exemplo, justifica um iPhone X mais caro por conta da nova tela AMOLED quase sem bordas e as poucas novidades nas câmeras. Por dentro, ele é igual ao iPhone 8 Plus.
Além disso, o interior do smartphone não representa mais uma exclusividade. Você não precisa pagar a mais para ter o mais potente.
A Samsung se diferenciou no Galaxy Note 8 pela câmera dupla traseira (que não tem na família Galaxy S, por enquanto) e na S Pen, que nem é tão determinante assim. E o preço do modelo é consideravelmente maior que o valor do Galaxy S8+.
No final, é o usuário quem decide: ou busca o melhor smartphone possível pelo menor valor (modelos top de linha de 2016 é a dica), ou não olhe para o preço e invista todo o seu dinheiro no melhor smartphone que ele pode comprar, encarando o smartphone como um investimento ou uma ferramenta de trabalho.