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Rio 2016, e a tecnologia nos Jogos Olímpicos

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tecnologia jogos olimpicos rio 2016

Hoje (5) começa os Jogos Olímpicos Rio 2016, e ao longo dos dias de competição, veremos muita tecnologia embarcada nas praças esportistas. Seja com o objetivo de melhorar tempos, seja para registrar esses eventuais recordes.

Além da maior precisão em determinar o vencedor, a tecnologia nos entrega wearables e acessórios que vão além do esporte, com um elevado respaldo em diferentes modalidades esportivas.

A pontaria é controlada milimetricamente

 

De acordo com o site oficial dos Jogos Olímpicos Rio 2016, será possível consultar o estado dos atletas em tempo real, com dados como frequência cardíaca de cada um deles na hora em que disparam as flechas, mas não especificam de qual gadget se trata (cada equipe deve escolher o seu). O sistema é capaz de analisar o acerto do disparo em décimos de segundo, com uma precisão de 0.2 milímetros.

O novo sistema é mais rápido e preciso, e tanto o atleta como o espectador poderá ver a pontuação de forma automática, na hora. O sistema de controle de pontaria no tiro esportivo melhorou desde Beijing 2008, quando começou a ser feito de forma eletrônica. O sistema que estreia esse ano incorpora um laser para uma maior precisão de pontuação.

 

Um GPS para controlar tudo debaixo d’água

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As canoas levarão um dispositivo que vai permitir que os espectadores sigam a trajetória e a velocidade de cada uma. De casa, teremos uma visão mais interessante sobre o evento, mostrando as diferentes táticas das equipes.

Além disso, a equipe de remo dos Estados Unidos levará trajes que são mais leves, adaptáveis e antimicrobianas. O tecido desenvolvido na Universidade da Philadeliphia é composto por duas capas, uma impermeável e outra com o composto químico antimicrobiano. Tudo isso porque as águas onde as competições acontecerão tem níveis de contaminação muito acima do aceitável. Mesmo que as medidas não sejam suficientes para evitar essa contaminação, ao menos pode evitar um mal maior.

 

Os wearables indo além das pulseiras

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Até agora, a pontuação do taekwondo dependia exclusivamente dos juízes, e isso gerava queixas e dúvidas sobre a eficiência e transparências dos mesmos. Então, em Londres 2012 foram introduzidos nas proteções e calçados dos atletas sensores magnéticos. No Rio 2016, mais sensores serão adicionados, e pela primeira vez os capacetes contarão com essa tecnologia.

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No vôlei, cada atleta do time norte-americano vai usar o myVERT, um wearable que monitoriza saltos. O dispositivo é colocado no pulso e envia os dados para um smartphone (via Bluetooth) quando sincronizado, contando os saltos e a que altura chegam. Este seria um modo de prevenir melhor as lesões, além de analisar a evolução e o desempenho de cada atleta.

A ginástica norte-americana recorreu a um wearable diferente no formato e propósito. O LumiWave tem o formato de tira com várias placas de infravermelhos, e atua como um complemento na recuperação de lesões, acelerando o metabolismo de cura.

 

LEDs e telas submergíeis na natação

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Connor Jeager, Michael Phelps e Allison Schmitt usam há tempos o WHOOP, um wearable que se acopla com uma pulseira e controla tanto a atividade esportiva como o sono (apenas para iPhone). Um dispositivo bem exclusivo e não disponível para o grande público, e nem mesmo é destinado para o usuário comum. E isso explica o seu preço de US$ 500.

A BMW oferece aos nadadores uma adaptação do seu sistema de monitoramento presente nos seus carros autônomos Tailight Solution. Alguns LEDs permitem monitorar o movimento de cada ponto do aleta (pulsos, ombros, quadris, joelhos, tornozelos e dedos dos pés), e uma câmera aquática registra os padrões. O sistema utilizado este ano é uma evolução da versão prévia apresentada em Londres 2012.

Dois algoritmos coletam e convertem os dados, um deles importado dos carros (medindo distancia e velocidade). As peças são impressas em 3D, o que não causa danos e desconforto aos atletas, nem mesmo interfere no resultado final.

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Os contadores também serão eletrônicos (pra as provas de 800 e 1.500 metros), e os aletas verão quantas piscinas faltam completar em monitores instalados no fundo da piscina. O sistema se baseia na instalação de superfícies sensíveis ao toque de cada nadador na parede da piscina, de modo que o contador registra cada volta.

O sistema é inédito nos Jogos Olímpicos, mas já foi testados em competições no Catar em dezembro de 2015 e em Kazan. O recurso divide opiniões: enquanto alguns afirmam que era uma funcionalidade cômoda, outros explicam que preferem não olhar nas telas por entenderem que era um elemento a mais para o estresse durante a competição.

Capacetes impressos em 3D, 100% personalizados

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O design e a construção são elementos básicos nas competições de elite. No ciclismo, vimos como os capacetes mudaram de formato, além de formatos alternativos para aerodinâmicas e acessórios. O formato e os materiais são cruciais para melhorar o resultado e comodidade do atleta, e a impressão 3D vem sendo determinante nesse aspecto.

Em uma tentativa de melhorar ainda mais o desempenho, a Nike pesquisou como o campeão olímpico do decatlo Ashton Eaton se sente melhor quando está em ação. A análise resultou na criação desse capacete desenvolvido especificamente para o atleta pela Nike Sports Research Lab (NSRL), para refrescar a sua cabeça. As capas interiores conseguem reter água fresca, de modo que a estrutura acaba refrescando a cabeça de Ashton.

O mesmo fundamento é usado na recuperação de lesões em gelo ou para preservar órgãos humanos, mas com um design, construção e impressão 3D personalizada. Veremos se essa tecnologia ajuda Ashton no bicampeonato no Rio 2016.

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As sapatilhas de corrida também foram personalizadas. Vários atletas terão as suas, tanto no formato do pé como nas solas, que contam com um padrão similar aos de uma colmeia com alguns espinhos, que conseguem impulsionar o corpo durante as passadas.

 

Inovando nas preparações

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Muitas tecnologias foram utilizadas durante os treinamentos. Talvez no futuro veremos esses recursos nas competições, mas por enquanto os treinos são o laboratório dos atletas para cada uma das funcionalidades, que podem exigir uma certa adaptação, ou simplesmente como uma ajuda para avaliar o esforço e a pressão.

A realidade aumentada faz a sua parte na prática do ciclismo profissional. A equipe norte-americana estava treinando com óculos de realidade aumentada, para oferecer uma dose extra de informação, graças a sensores na bicicleta para medir potência, velocidade ou evoluções. Um Google Glass esportivo, basicamente.

O óculos SOLOS se comunica com os sensores, e os dados são armazenados em um serviço na nuvem desenvolvido pela IBM. Deste modo, os clclistas sabem a velocidade sem tirar os olhos da estrada. Essa tecnologia não estará presente em Rio 2016.

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A equipe de luta utiliza o Brain.fm como assistência ao descanso e concentração. O software conta com músicas específicas para induzir ao relaxamento ou aumentar a capacidade de atenção, de forma personalizada e de acordo com as necessidades, avaliado por uma equipe de psicólogos e neurologistas.

O time alemão de vela trabalha com a empresa de software SAP desde 2011 para desenvolver um sistema que auxilie nos treinamentos. No Rio 2016, o objetivo era reproduzir as condições da Baía de Guanabara, onde eles construíram modelos virtuais das condições de vento, utilizando dados reais do local. Mais de 3 mil medições foram feiras.

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Por fim, outra tecnologia adotada nos treinamentos foi o Trackman, um dispositivo que combina radares e uma câmera para controlar as tacadas de golfe, mas dessa vez utilizada no tiro. Da informação da posição e dos ângulos de tiro, se conectando sem fio com computadores e dispositivos móveis. Nesse caso, também servem para o lançamento de peso, controlando tanto a força como os ângulos de lançamento.


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