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Review | Ultrabook Toshiba Portégé Z835

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Mais um review para o TargetHD, e dessa vez, de um produto quase exclusivo no Brasil. Adquiri um ultrabook Toshiba Portégé Z835 para utilização para as atividades cotidianas do blog, e para a cobertura de eventos de imprensa, como coletivas. Veio a oportunidade da aquisição desse modelo, e depois de muito pesquisar, entendi que esse modelo poderia ser um dos mais vantajosos em suas características. A seguir, mostramos o modelo em detalhes.

O Toshiba Portégé Z835 é um dos primeiros ultrabooks a serem lançados no mercado, no segundo semestre de 2011. Oficialmente, o modelo ainda não é vendido no Brasil. Logo, esse modelo foi adquirido via importação. Porém, veio completo, com caixa, manuais, fonte original, certificados e outras papeladas.

Indo ao que interessa. O ultrabook da Toshiba é um produto que possui um design não tão atraente quanto os seus concorrentes (principalmente se comparado ao ASUS UX21), mas apesar de alguns valorizarem a beleza em seus dispositivos, o meu critério de escolha foi as funcionalidades que o produto poderia me oferecer. Mas sem ignorar aqueles que buscam um belo design, vale ao menos o registro que, pessoalmente, o Portégé Z835 é menos agressivo visualmente do que a impressão que as fotos passam.

Um detalhe que vale a pena ser enfatizado é que ele é um produto pensado nas pessoas que querem trabalhar com ele. Logo, não tem muitos destaques mesmo na parte estética, enfatizando suas funcionalidades. Por isso, o resultado acaba sendo um produto com um ar mais sóbrio e sério.

O produto é totalmente revestido em magnésio, que é um material resistente e leve o suficiente para não deixar o produto pesado, mas oferecer uma segurança extra para os usuários que vão transportá-lo de um lado para outro. Para um produto dessa categoria, entendo que esse é um diferencial fundamental, mesmo com esse modelo contando com uma unidade SSD para armazenamento de dados, pois quanto mais longe da mesa de trabalho um computador portátil, mais sujeito a acidentes ele está. Nesse caso, ponto positivo para a Toshiba, que se preocupou em adicionar um elemento a mais de segurança no produto. Particularmente, é bem melhor do que ter uma carcaça de plástico.

O principal destaque de todo ultrabook é a sua baixa espessura. E o Portégé Z835 da Toshiba não é diferente. É um portátil muito fino e compacto, que não cria volume na mochila ou bolsa, sendo de muito prático transporte. Aliás, um dos pontos de destaque dos ultrabooks está na capacidade de integrar recursos elevados de hardware em uma estrutura física tão compacta.

Em uma espessura tão baixa, é possível integrar todos os componentes essenciais de um notebook de grande porte. Abaixo, algumas fotos comparativas do Portégé Z835 com o notebook HP Pavilion dm1 e com o tablet iPad 1 da Apple.

Como é possível perceber, a diferença de tamanho entre os modelos é grande, e o ultrabook consegue se destacar de forma considerável em relação ao notebook da HP, que é igualmente compacto, mas mais espesso e pesado (1,5 kg para o Pavilion dm1, contra 1,1 kg do ultrabook da Toshiba). Essas características fazem toda a diferença no dia a dia.

Outro ponto positivo do modelo da Toshiba é a sua porta USB 3.0, que além de promover uma transferência rápida de dados, permite a recarga de outros dispositivos via USB enquanto o equipamento está desligado. Esse recurso é muito bem vindo, principalmente quando estamos em viagem e precisamos recarregar nossos dispositivos de forma prática e eficiente.

O Portégé Z835 não é tão fino quanto alguns de seus concorrentes (mas, mesmo assim, é um ultrabook bem fino). Em compensação, ele possui itens integrados ao seu corpo, o que é mais conveniente do que sair por aí com diversos adaptadores (eu sou da teoria que se você precisa de mobilidade, quanto menor a quantidade de itens para carregar no bolso ou na mochila, melhor). Com isso, o conector RJ45, para a conexão de um cabo para redes ADSL está integrado ao equipamento, o que é muito melhor que usar um adaptador para tal conexão.

Também por conta da maior espessura, a Toshiba integrou um conector VGA, para quem pretende utilizar o ultrabook com monitores externos (apesar do fato que os monitores modernos contarem com conectores HDMI). Além da presença da porta HDMI, algo que é padrão em todos os notebooks recentes, o modelo ainda possui duas portas USB 2.0 (nos concorrentes, temos apenas uma porta dessa modalidade), sendo que uma delas também possui a capacidade de recarregar os seus smartphones, tablets e outros dispositivos, mas nesse caso, durante a utilização do produto, ou seja, em pleno funcionamento. Igualmente prático para quem vai, por exemplo, utilizar a rede 3G do celular, mas não quer ver a bateria do smartphone ser drenada.

Na outra lateral, encontramos os conectores de fones de ouvido e microfone, além do slot para cartões de memória.

Visão de perfil do ultrabook Toshiba Portégé Z835, que se mostra bem compacto. Abaixo, mais uma foto comparativa com o HP Pavilion dm1. Esse comparativo mostra de forma mais clara como o modelo da Toshiba consegue ser fino em relação a um notebook tradicional (ou um notebook intermediário, como é considerado o modelo da HP).

Mais uma mostra da diferença de espessura dos dois modelos, e de suas propostas técnicas.

Sua tela de 13,3 polegadas permite uma boa visualização dos elementos da tela, com uma boa relação de brilho, contraste e coloração. Porém, para quem não está tão de frente para a tela, as imagens tendem a ficar um pouco desfocadas, o que é um problema para aquele seu amigo que vai ver o vídeo no YouTube ao seu lado. Nesse ponto, temos um pequeno ponto de desvantagem para alguns concorrentes de sua categoria, mas nada que desabone o modelo, ou que desmotive a compra. Afinal de contas, o foco principal desse modelo (para mim) é a utilização para o trabalho do dia a dia. Poucas vezes vou ver vídeos nesse ultrabook.

Outro ponto a ser observado sobre a sua tela é sua excessiva flexibilidade. O seu revestimento de magnésio na carcaça superior deixou a tela muito fina, mas mais flexível do que o desejado. Entendo que o produto foi projetado para oferecer segurança suficiente para que a tela não se comprometa com o transporte ou outros imprevistos do uso diário, mas é um ponto que pode deixar muitas pessoas preocupadas. Por outro lado, entendo que um comportamento considerado normal com esse ultrabook não deve resultar em danos graves. Resumindo: se você usar o produto como uma pessoa normal (e com os devidos cuidados que todo produto muito caro merece receber), você não terá problemas com esse ultrabook.

Sua angulação máxima é de 135 graus. Ou seja, é o suficiente para você posicionar a tela em um ângulo bom o suficiente para o trabalho, e em algumas estantes próprias para notebooks, para o lazer.

Outra vantagem do Toshiba Portégé Z835 é a sua área funcional. Por ser um modelo de 13,3 polegadas, a área correspondente ao teclado e ao touchpad é ampla o suficiente para que as mãos do usuário trabalhem de forma natural e fluída no produto. Seu teclado possui dimensões correspondentes a 90% do tamanho total de um teclado tradicional, facilitando a adaptação do usuário ao tamanho das teclas, e garantindo uma alta velocidade durante a digitação.

Dois importantes diferenciais desse teclado em relação aos concorrentes. O primeiro é que ele é retroiluminado (falamos mais disso daqui a pouco). O segundo é que, mesmo sendo em formato chiclet, e com teclas mais rasas do que os notebooks tradicionais (ajudando assim a garantir a baixa espessura do produto), o teclado é menos raso do que outros modelos que já estão no mercado, tornando assim a digitação mais prazerosa e natural. Você não precisa forçar as teclas para que as mesmas sejam acionadas, e não precisa ficar mirando em cada tecla durante a digitação de textos. Ou seja, para quem vai trabalhar com digitação prolongada, o modelo é excelente.

O touchpad é amplo e bem preciso na sua utilização. Por contar com áreas de apoio para a palma das mãos bem amplas, é possível uma utilização eficiente ao digitar, pois os esbarrões no touchpad não acontecem. Os botões direito e esquerdo são físicos (poderiam ficar embaixo da própria área do touchpad, como nos demais modelos), e funcionam muito bem.

Visão geral da parte traseira do ultrabook, também revestida em magnésio.

Aqui, temos um detalhe importante do modelo da Toshiba. Ele possui um sistema bem eficiente de dissipação de calor, que evita que o calor dos componentes internos alcance toda a parte inferior do portátil. Na prática, o sistema cumpre o que promete, e a temperatura do equipamento está na zona do aceitável. Porém, ele não impede que o usuário dispense a mesa de apoio no colo, ou as tradicionais almofadas, que são recomendadas para todos os casos de utilização de um notebook no colo. Outro detalhe importante é que parte desse calor (mas uma parte bem insignificante mesmo) é transferida para o teclado, deixando o mesmo em uma temperatura morna. No inverno, isso pode vir bem a calhar em locais com temperaturas muito baixas. Fica a dúvida se no verão esse aquecimento fará diferença relevante, a ponto de deixar o produto inutilizável. Como eu moro em um local de temperatura elevada, posso dizer que, até agora, nada de anormal foi detectado nesse aspecto.

Ligando o ultrabook. Em menos de 30 segundos.

Aqui está o principal trunfo de qualquer ultrabook: a alta performance do sistema como um todo, tanto na inicialização, quanto na execução de programas nativos e aplicativos de terceiros. Se pensarmos nas dimensões do produto, o desempenho é excelente, pois consegue concentrar um hardware que antes só era visto em notebooks “normais”, ou de grande porte. Mesmo contando com configurações inferiores em relação aos demais (processador Intel Core i3 de Segunda Geração, 4 GB de RAM e 128 GB de SSD), esse conjunto de hardware garante um desempenho excelente para as atividades cotidianas (navegação de internet, leitura de e-mails, acesso às redes sociais, produção de textos e planilhas), superando os netbooks e os tablets nessas atividades.

Para atividades específicas de produção de conteúdo (blogueiros, jornalistas, editores, estudantes, profissionais liberais, etc), o Portégé Z835 também é uma boa pedida, pois além da portabilidade, oferece a estabilidade suficiente para executar programas específicos sem maiores dificuldades. Para exibição de vídeos, o portátil também se sai muito bem, apesar de uma chip gráfico limitado (Intel HD 3000). Porém, não recomendo o portátil para execução de jogos, pela limitação de frames por segundo a serem executados. E como os jogos de hoje exigem gráficos elevados, é melhor utilizar um computador mais potente para essa finalidade.

Demonstração de reprodução de vídeo no ultrabook da Toshiba (em HD).

Por fim, o teclado retroiluminado. Ele funciona tal como prometido, e é eficiente para quem vai precisar trabalhar em ambientes com baixa luminosidade, mas sem causar uma confusão visual na hora de digitar. O recurso pode ser calibrado para ser acionado apenas quando necessário, economizando assim alguma autonomia de bateria.

Aqui, o efeito do teclado retroiluminado, em detalhes.

O ultrabook Toshiba Portégé Z835 está APROVADO. Dentro de sua geração de ultrabooks, é o mais equilibrado, oferecendo uma excelente relação custo/benefício para quem quer apostar nesse produto como um investimento. É um pouco mais barato que um MacBook Air, e não vai exigir os procedimentos para instalar o sistema operacional Windows 7 no equipamento da Apple.

Em paralelo, ele possui qualidades e defeitos em relação aos concorrentes, mas suas boas qualidades compensaram a compra. Para quem quer um bom ultrabook, vale a pena o investimento. Para quem quer um ultrabook, mas não tem pressa para isso, vale a pena esperar a segunda geração de ultrabooks a serem lançados no segundo semestre de 2012. Até lá, prepare o bolso. Afinal, é um investimento de custo elevado, e não um celular que você vai comprar nas Casas Bahia em 3 vezes sem juros.


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