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Review | Samsung Galaxy A9 Pro

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samsung galaxy a9 pro

O Samsung Galaxy A9 Pro veio ao Brasil quase que anonimamente. Não recebeu muito destaque em 2016, mas ganhou força em 2017, se tornando uma das melhores relações custo-benefício do ano passado entre os smartphones de linha média.

E, de fato, ele era o “bom demais para ser verdade”. Tela generosa com Super AMOLED, o mesmo processador do LG G5 SE, 4 GB de RAM, dual-SIM e armazenamento expansível, e bateria generosa de 5.000 mAh.

Será que esse smartphone é tão perfeito assim? Ou ele é uma pegadinha que a Samsung deixou no nosso mercado? Vamos tentar descobrir nesse review.

Antes, é importante lembrar que o mercado brasileiro recebeu o Galaxy A9 Pro, com 4 GB de RAM e 5.000 mAh de bateria. E é esse modelo que será analisado. Lá fora, existe uma versão com 3 GB de RAM e 4.000 mAh, claramente inferior ao modelo adquirido por nós para essa análise.

 

Review em Vídeo

 

 

 

Características Físicas

 

 

Em linhas gerais, o Samsung Galaxy A9 Pro é um Galaxy S6 Plus esteticamente falando. Tem as mesmas linhas de design desse modelo, e um acabamento similar, o que oferece um ar premium para o produto, o que é muito positivo para quem busca ter um smartphone com linhas agradáveis e material de alta qualidade.

As laterais com acabamento metálico são bem vindas, e bem ajustadas na proposta do modelo em ser um pouco mais completo nesse aspecto. Já a traseira envidraçada pode ser um pouco perigosa, pois é bem escorregadia. Logo, um case é mais do que recomendável para um melhor agarre.

 

 

Além disso, é um smartphone consideravelmente mais pesado, com 210 gramas. Ou seja, uma queda pode ser um desastre aqui. Mais um motivo para o uso de um case para reduzir os impactos das quedas.

Por contar com uma tela de 6 polegadas, o seu agarre é mais complicado, até mesmo para alguém como eu, que possui uma mão maior. Utilizar o telefone com uma das mãos foi um risco em alguns momentos, especialmente quando precisava interagir com o leitor biométrico na parte frontal. Nesse caso, o leitor na parte traseira seria a melhor escolha.

 

 

Quem tem mãos pequenas simplesmente terá que usar o Galaxy A9 Pro como um tablet. É impossível utilizá-lo com apenas uma das mãos.

De qualquer forma, é um smartphone muito sólido na sua construção, e herda toda a qualidade dos modelos mais completos da Samsung nesse aspecto.

 

 

Tela

 

 

O Samsung Galaxy A9 Pro conta com uma generosa tela de 6 polegadas, Super AMOLED, com resolução Full HD (1920 x 1080 pixels), que ocupa 75% da área frontal, entrega uma densidade de 367 pixels por polegada e a proteção Corning Gorilla Glass 4.

Essa tela entrega o que se espera para um dispositivo dentro da sua categoria. Levando em consideração que a tela é o item que mais gasta bateria em um smartphone, essa tela foi escolhida também em função de um menor consumo energético.

Para quem prioriza uma qualidade de imagem boa para visualização de conteúdos, combinada com um menor consumo de bateria com o passar do tempo, essa tela cumpre com esses objetivos. As cores são apresentadas de forma viva, com bom nível de contraste, e uma boa exibição de imagens mesmo em ambientes externos e com muito sol.

É uma tela excelente para a visualização de conteúdos multimídia (fotos e vídeos), interação com o sistema operacional Android e games. Para quem prioriza essas características em um smartphone, o Galaxy A9 Pro se apresenta como uma das melhores escolhas disponíveis no mercado atual.

 

 

Hardware, Software e Experiência de Uso

 

 

O Samsung Galaxy A9 Pro conta com um processador Qualcomm Snapdragon 652 octa-core, trabalhando com uma GPU Adreno 510, 4 GB de RAM e 32 GB de armazenamento, expansíveis via microSD de até 256 GB. Esse hardware recebe como software o sistema operacional Android 7.0 Nougat, com a nova interface Samsung Experience.

O resultado é realmente muito bom. Temos aqui o mesmo processador do LG G5 SE (o capado), com 1 GB a mais de RAM, o que resultou em um desempenho muito mais fluído e funcional. Ajuda e muito o fato da Samsung Experience ser muito melhor que a TouchWiz, tanto no desempenho como na forma inteligente que consome os seus recursos.

O desempenho do smartphone é ótimo na maior parte do tempo. A maioria dos usuários será bem atendida nas suas principais atividades (redes sociais, navegação na internet, jogos, músicas, interação com o sistema operacional), e até mesmo aqueles que gostam dos jogos vão gostar dos resultados, já que a performance nesse aspecto é muito boa.

 

 

Talvez o ponto menos satisfatório aqui seja no leitor de digitais, que foi herdado do Galaxy S6, recebendo assim as mesmas tecnologias. Ele funciona bem na maior parte do tempo, mas não é tão rápido e preciso como acontece no Galaxy S7. Para quem testou os dois modelos, a diferença existe. Para quem vive a primeira experiência no A9 Pro, isso não será um problema.

E o grande pecado que pode recair sobre o Galaxy A9 Pro pode vir da própria Samsung. Por ser um modelo de 2016, as chances desse smartphone receber o Android 8 Oreo diminuem. Se bem que entendo que seria uma grande burrice por parte da gigante coreana não atualizar esse smartphone para a nova versão do Android. Seria uma obsolescência programada tão escancarada, que faria com que a empresa de novo perdesse o crédito dentro do mercado mobile.

 

 

Câmera

 

 

Um dos pontos ‘menos fortes’ do Samsung Galaxy A9 Pro e, mesmo assim, algo compreensível.

O sensor traseiro desse smartphone conta com 16 MP, com abertura f/1.9 e estabilização ótica de imagem (OIS). É mais do que suficiente para a maioria dos usuários registrar boas fotos na maior parte do tempo.

 

 

Em ambientes externos com dia de sol forte, a câmera registra ótimas fotos. O mesmo resultado acontece em ambientes com boa iluminação artificial. Porém, em ambientes com iluminação artificial mais precária, a câmera vai sentir a falta de um sensor a laser para focar melhor as imagens, o que leva ao registro de duas ou mais imagens para se obter uma foto perfeita.

 

 

Mesmo assim, o sensor mostra a sua qualidade quando jogamos o zoom para tirar fotos de um ponto de luz intenso. Uma foto final de boa qualidade, e com uma quantidade de ruído bem aceitável.

O sensor frontal de 8 MP também possui abertura f/1.9, mas oferece resultados mais irregulares. Durante o dia e em condições ideais de iluminação, registra boas selfies. Já em ambientes com iluminação precária, os ruídos aparecem com maior frequência, prejudicando as fotos.

 

 

Na parte de vídeos, tudo dentro do esperado. As duas câmeras registram imagens em 1080p (nada de 4K aqui), com resultados satisfatórios nas duas câmeras. A câmera traseira oferece uma boa estabilização em videos, levando em conta a categoria desse dispositivo, o que pode render bons resultados para quem aspira produzir alguns vídeos mais casuais para o YouTube.

Já o sensor traseiro, bem mais simples, sente mais com os movimentos durante a caminhada. De qualquer forma, consideramos aqui o fato desse modelo ainda ser um dispositivo de linha média, visando a melhor relação custo-benefício e priorizando a maior autonomia de bateria e o tamanho da tela. Por isso, podemos dizer que as câmeras do Galaxy A9 Pro estão dentro do esperado para a sua faixa de preço, ou um pouco melhor do que alguns de seus concorrentes.

 

 

Bateria

 

O principal apelo comercial do Samsung Galaxy A9 Pro.

Esse smartphone conta com uma bateria de 5.000 mAh, o que resulta em mais de um dia de uso intenso (sim, nada de moderado miséria aqui). Quando quero dizer ‘intenso’ eu falo de muitas horas de uso em 4G, alguns bons minutos de jogos e vídeos, uso de redes sociais e atualizações automáticas o tempo todo e várias horas de chamadas telefônicas.

Nesse modo, é pelo menos um dia e meio de uso, sem maiores problemas. Quem sabe até dois dias. Agora, se o seu perfil é mais moderado, jogando menos, vendo poucos vídeos e priorizando menos as atualizações automáticas, você pode até alcançar o terceiro dia, caso você ative o modo de economia de bateria.

Consumidores vorazes de jogos e vídeos no smartphone podem contar com pelo menos um dia de uso bem intenso. O que não deixa de ser um ótimo resultado. Levando em consideração que o Galaxy A9 Pro possui uma tela maior e um processador mais potente que o ASUS Zenfone 3 Zoom, que possui a mesma quantidade de bateria, podemos concluir que a Samsung fez um excelente trabalho nesse dispositivo.

 

 

Conclusão

 

 

Se você não tem preconceitos em utilizar um smartphone lançado em 2016, mas que pode render um ótimo desempenho em 2018, o Samsung Galaxy A9 Pro é uma excelente alternativa. A relação custo-benefício desse smartphone está muito boa, ainda mais considerando o fato que o seu preço hoje está bem abaixo dos R$ 1.500 (chegou a custar R$ 1.199 em dezembro de 2017).

Conta com um hardware que ainda pode render um ótimo desempenho para todas as principais atividades dos usuários de smartphones de linha média, uma tela de boa qualidade, um Android bem ajustado e uma bateria generosa. Mais do que recomendado para quem quer garantir pelo menos um dia de uso no smartphone longe da tomada.

Talvez não é o smarpthone mais recomendado para quem tem mãos muito pequenas, ou para quem não quer sentir o incômodo de levar no bolso um dispositivo que pesa 210 gramas. Ou para aqueles que só entendem que vale a pena investir em um modelo de 2017 ou 2018 para garantir atualizações mais recentes do Android.

Mas se você realmente se interessou na proposta desse phablet, vai fundo. É um ótimo investimento.


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