TargetHD.net | Notícias, Dicas e Reviews de Tecnologia Review | HTC HD mini | TargetHD.net Press "Enter" to skip to content
Você está em | Home | Análises e Reviews | Review | HTC HD mini

Review | HTC HD mini

Compartilhe

O review que temos dessa vez no TargetHD.net não é um de um produto que está no mercado nacional, mas  que deve chegar por aqui (e, honestamente, depois dos testes, torço para que chegue). Recebemos para testes um smartphone que já está no mercado internacional (Europa e Ásia), o HTC HD mini, que consegue combinar bem a parte corporativa e multimídia, sendo um produto voltado para vários tipos de consumidores, pela suas múltiplas habilidades. E que pode surpreender muita gente. O aparelho foi apresentado oficialmente durante a Mobile World Congress 2010, em Barcelona.

O aparelho que chegou até aqui era um protótipo (vocês poderão observar isso em algumas imagens), logo, não veio com nenhuma caixa original. Por isso, não vamos ter nenhum tipo de unboxing do aparelho. Mas, vamos conhecer o HD mini em detalhes.

Por se tratar de um aparelho que conta com boas propriedades multimídia, ele vem com fones de ouvido. Bons fones de ouvido, que oferecem uma boa qualidade de som. Apesar do fone não possuir controle de volume e controle de faixas integrado no seu cabo (coisa que estamos habituados em ver em outros smartphones), ele conta com microfone integrado, com botão de função.

São fones que parecem ser simples, mas que produzem um bom resultado de som, com graves e agudos equilibrados.

Também acompanha o adaptador de energia USB, para você carregar o smartphone em qualquer tomada. Isso acaba economizando espaço na embalagem, além de tornar o kit mais prático, pois o mesmo cabo que vai no seu computador é o mesmo que você vai usar na sua tomada de energia para carregá-lo. É claro que o ideal é que você adquira um cabo USB a mais, para evitar ficar desconectando o cabo USB de seu PC ou notebook a todo momento.

O cabo USB, propriamente dito. Agora, vamos ver o aparelho mais de perto.

O HTC HD mini, na primeira vista, é um aparelho bem elegante. Ele conta com o design que vem sendo o padrão entre os smartphones de tela de toque, mas tem uma estética minimalista, que o torna um aparelho bem apresentável para quem pretende usá-lo com fins profissionais, ou para aqueles que preferem uma certa sobriedade no seu smartphone. Seus botões de função (que não são botões físicos, e sim, de toque) ficam bem integrados, parecendo que foram desenhados por baixo da tela, dando uma melhor impressão visual no aparelho. Ele pesa apenas 110 gramas, um dos mais leves da sua categoria, o que o torna ainda mais prático para seu transporte junto com você.

Além disso, é um aparelho compacto, sendo bem confortável para você levar no bolso da camisa ou da calça, sem fazer volume e sem pesar. É um aparelho fino o suficiente para que você o leve com certa comodidade.


(pedimos desculpas pela foto desfocada)

Em uma de suas laterais, temos o controle de volume de ligações e chamadas. Como não temos estes controles integrados no fone de ouvido do aparelho, logo, nos vemos obrigados a fazer os controles de volume diretamente no aparelho, e mais: no caso do controle do player musical, é necessário retirar o smartphone completamente do bolso, o que além de ser um inconveniente maior, torna até perigoso retirar este aparelho para fazer a mudança de faixas no meio da rua. Espero que, caso este aparelho venha para o Brasil, que a HTC coloque algum fone que já tenha estes controles integrados, para facilitar a vida do usuário.

Na parte de baixo do aparelho, temos o conector mini USB para recarga de bateria e transmissão de dados. Sem maiores problemas em todas as vezes que fizemos a transmissão de arquivos de música e vídeos no aparelho, assim como na recarga de sua bateria.

Na parte de cima do aparelho, você tem o botão de liga/desliga do aparelho, além da entrada para fones de ouvido. Além de um adorno metálico dourado, que se destaca diante das demais partes do aparelho em preto.

Na sua outra lateral, não temos nenhum botão, mas não é sobre isso que quero falar agora. Cabe aqui um destaque maior para a sua carcaça, que é emborrachada, ou seja, uma maior durabilidade do material externo do aparelho, pois tende a riscar menos, além de oferecer um melhor agarre do aparelho para chamadas e uso durante a navegação de internet. Resumindo: segurar o HTC HD mini, além de seguro, é prazeroso.

Aqui, temos o verso do aparelho, simples e objetivo, com poucas inscrições, e com  sua câmera de 5 MP, que tem auto-focus, flash  e fotografa no formato Widescreen. Uma das coisas curiosas que temos neste aparelho é a sua tampa traseira. Você pode ver pelas fotos que ele conta com quatro parafusos bem evidentes nas tampas do aparelho. Estes parafusos, diferente do que se possa imaginar, não prendem a carcaça do aparelho, mas apenas a sua placa interna e seus componentes. A carcaça é removível, e conta com um interior bem interessante, onde se destaca o fato de que você não precisa remover a bateria para acessar o slot de cartão de memória ou de cartão SIM, ficando os dois facilmente acessíveis ao usuário. Veja abaixo foto ilustrativa.


Não sabemos se o tom interno amarelo é para dar destaque ou para contrastar com o tom preto de toda a parte externa do aparelho. Só sabemos que é assim, inclusive o aparelho que chegou até aqui.

Observe que, bem de perto, podemos ver os pequenos detalhes em amarelo da parte interna do smartphone. Além disso, a sua simples inscrição da HTC, mantendo a sua sobriedade e simplicidade estética.

Vale a pena registrar que ele é um aparelho com 512 MB de ROM e 384 MB de RAM, conta com slot para cartão de memória microSD para até 32 GB. É um aparelho que é quadriband para os mercados onde ele está presente (Europa e Ásia), logo, teoricamente, ele funciona em qualquer operadora brasileira (pelo menos quando testado com chips da Vivo, Claro e TIM, funcionou sem problemas). Sua bateria é de 1200 mAh, com autonomia máxima de conversação de até 435 minutos, e de 340 horas em stand-by, além de 8 horas de execução de vídeos e 12 horas de música.

Parte de baixo da face traseira do aparelho, que conta com a interface HTC Sense. Uma das coisas que a HTC quis enfatizar no HTC HD mini é que ele é fácil de usar. E, realmente, pelo o que pudemos comprovar, tudo está de acesso muito fácil para o usuário, além de ter um nível de personalização bem interessante. O usuário pode configurar o aparelho em vários níveis, além de criação de atalhos na tela principal, para que você possa ter os aplicativos mais usados com um acesso rápido e simplificado.

Agora, vamos para a surpresa que disse que eu tive no começo deste post. O HTC HD mini conta com um processador Qualcomm de 600 MHz, e vem com sistema operacional Windows Mobile 6.5 Professional, com a já citada interface HTC Sense. Bom, agora vai ter gente que está lendo este review que vai torcer o nariz, dizendo “Windows Mobile? Paro de ler por aqui”. Calma! Ainda não. Acredite, se quiser em mim: o HTC HD mini tem um desempenho bem acima da média do que todos os demais smartphones que testei com o traumático Windows Mobile. Sério. E não tenho nenhuma procuração da HTC ou da Microsoft para falar isso (e nem estou sendo pago por eles para isso).

O Windows Mobile 6.5 Professional, que está instalado neste aparelho, é executado de forma limpa, fluída, sem travamentos, sem atrasos. Parecia até que eu estava usando um smartphone com sistema Android 2.1 (e algumas telas de configurações podem até confundir os usuários mais desavisados), mas era um sistema da Microsoft que estava instalado nele. Nisso, comprovei uma máxima que já me disseram: assim como nos desktops, o que um sistema Windows precisa para rodar sem maiores problemas é de um hardware que seja adequado às exigências de seu software. E o HTC HD mini é a prova máxima disso. Foi muito prazeroso navegar pelas telas e funções do aparelho com esta versão do Windows Mobile.

Na parte de internet, ele vai muito bem. Já conta com o navegador Opera Mobile pré-instalado (e com a opção do Opera Mini 5.1, ele é uma excelente pedida), e conta com conectividade 3G, GPRS, EDGE e WiFi b/g. Ou seja, todas as opções possíveis para você ficar conectado em qualquer lugar. Sem contar que ele conta também com Bluetooth 2.1 e GPS. Além disso, ele pode atuar como modem 3G para acesso à internet, e pode atuar como roteador, para acesso WiFi.

Outro forte dele são os seus recursos voltados para as redes sociais, tendo integração com Facebook, Flickr, Twitter e YouTube, permitindo que o usuário possa compartilhar vídeos e fotos nestas redes, além de suas respectivas atualizações de texto. Ele também conta com aplicativos nativos e específicos para algumas dessas redes sociais, dispensando o download de programas adicionais para estes serviços. Para os usuários iniciantes, já é uma mão na roda não ter que sair correndo para buscar estes aplicativos (apesar de ser muito fácil encontrá-los pelo Windows Marketplace). Para os mais experientes, nada impede que outros programas sejam baixados para o smartphone.

Outro destaque vai para a sua parte de multimídia. Combinado com o HTC Sense, os recursos de Media Player ficam optimizados, mais atraentes, e isso fica mais nítido com o recurso de álbum de fotos. Com um simples deslizar de dedo na tela (que é capacitiva), você pode mudar as fotos, buscar informações sobre onde e quando ela foi tirada, informações na internet sobre localização das fotos e informações mais detalhadas, como dados históricos do local, previsão do tempo, informações de tráfego, entre outros. Além disso, com o auxílio do GPS e de serviços como o Google Maps, você pode localizar serviços próximos ao local das fotos do aparelho, como estacionamentos, restaurantes, hospitais, hotspots e locais de entretenimento, entre outros.

Sua câmera é bem cheia de recursos, com a capacidade de tirar fotos com qualidade acima da média (para um dispositivo móvel, obviamente). Seus recursos são todos acessados na tela e, por ter auto-foco, as chances de você ter fotos desfocadas em objetos fixos diminuem consideravelmente.

Como é um aparelho da HTC, ele também tem muito apelo corporativo. Suas agendas de contatos e calendário de compromissos são bem completas, e permitem que o usuário possa se organizar de forma plena, tendo toda a sua rotina diária e principais contatos devidamente armazenados no smartphone. Além disso, ele conta com um pacote Office completo, com recursos avançados, e que, em alguns casos, permitem uma edição mais elaborada de conteúdos enviados e recebidos por e-mail (não que você vá produzir textos completos em um smartphone touchscreen, mas você ao menos terá a chance de poder ver seus arquivos anexados por e-mail sem o inconveniente de ter detalhes do arquivo “decepados” pelas adaptações que smartphones mais antigos fazem na abertura de documentos). Além de contar com o suporte do Microsoft Exchange, para gerenciamento dos dados de sua lista de contatos e calendário, e um leitor de PDF integrado.

Sua parte de configurações é bem completa, e o aparelho pode ser customizado de modo bem amplo, podendo ficar com a aparência e funcionalidades que você precisa, de forma simples e prática. Além disso, por ele contar com sensores de proximidade e luminosidade, você pode configurar o aparelho para, por exemplo, abaixar o volume da campainha quando você pega o aparelho, ou aumentar o volume da campainha quando o smartphone estiver dentro da mochila ou da bolsa. Ou, até mesmo, silenciar a campainha quando você coloca a tela do telefone virada para baixo. Isso, sem contar em recursos para controle de iluminação ou ativação de tela, de acordo com a proximidade da sua mão no aparelho.

Obviamente, ele conta com um teclado QWERTY, que pode ser orientado tanto na vertical quanto na horizontal. Para quem tem polegares grandes (como eu), recomendo que use o teclado virtual na horizontal. Na vertical, as teclas ficam muito estreitas, dificultando a digitação. No caso de aparelhos com teclado QWERTY físicos, este problema não acontece, pois, como as teclas são físicas, elas estão naturalmente saltadas, facilitando um pouco a digitação (não em todos, mas em boa parte dos smartphones que testei, isso acontece).

Por fim, o HTC HD mini agradou bastante. É um aparelho elegante, que tem excelente nível de conectividade, bons recursos para quem precisa levar seu escritório no bolso, e ótimos recursos multimídia. Um aparelho completo, para vários tipos de usuários, e que surpreende pela sua performance, mesmo tendo um hardware teoricamente inferior, se compararmos aos mais recentes lançamentos do mercado, mas, ainda assim, é hardware suficiente para gerenciar com competência o Windows Mobile 6.5 Professional, que particularmente, me surpreendeu. Esperamos que a HTC se sinta incentivada a trazer este aparelho para o Brasil o quanto antes possível.


Compartilhe