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Review | Don Quixote Reach para Android

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Não é todo dia que testamos um jogo para smartphones no TaretHD. E eu sou um daqueles gamers que gostam mais dos jogos no passado (ainda jogo de vez em quando no meu Xbox 360). Por isso, testar o Don Quixote Reach para Android foi uma experiência interessante, por alguns aspectos.

Não apenas por testar uma produção nacional (o jogo foi desenvolvido pela Neo Step Studio), mas também por fazer uma avaliação diferente de um dispositivo ou hardware. A ideia aqui é detectar se a experiência de jogo é funcional o suficiente para entregar um jogo divertido e realmente viciante. E, nesse caso, minha experiência se aproxima ainda mais a de um usuário comum.

Além disso, queremos apresentar o jogo para o grande público, mostrando um pouco do que é feito na produção nacional de games.

Vamos lá. Mas antes…

 

 

Antes de começar…

 

A ideia desse review não é decidir categoricamente se o jogo é bom ou ruim. Entendo que gostar ou não de um game é algo muito subjetivo e pessoal, exceto quando um jogo é notoriamente ruim nos aspectos técnicos e visuais.

Na maioria dos casos, é o gamer quem decide. O que torna um jogo popular vai algo muito além de uma possível aprovação ou reprovação de quem testa o game. O que podemos mostrar é a sua jogabilidade, observar gráficos e características de funcionalidade, e pontos positivos e negativos do seu desenvolvimento.

Mas meu objetivo principal aqui não é passar um parecer de aprovação ou reprovação. Ainda mais nesse caso, quando minha experiência com os games móveis é muito mais casual do que para um hard user.

 

 

O que é Don Quixote Reach?

 

DulciBella foi sequestrada pelo dragão vermelho Paco. Don Quixote precisa subir ao céu e salvar DulciBella, e só por isso a missão não é das mais fáceis.

Se não bastasse ele ter que andar sobre livros, Don Quixote precisa evitar as pedras que caem do céu, evitar o fogo e lâminas pontiagudas, evitar gastar todos os seus livros nos avanços, alcançar as plataformas para seguir progredindo, alcançar os corações de energia para seguir vivo no jogo, alcançar os livros pretos e as Qoins e, por fim (mas não menos importante), derrotar o dragão vermelho Paco.

Como podem ver, não é uma missão fácil.

Muito pelo contrário…

 

 

Gráficos

 

 

Don Quixote Reach aposta em gráficos simples, simulando um desenho animado ou um cartoon. Isso entrega um ar mais amigável ao jogo, tornando o mesmo acessível para gamers de diferentes idades.

Esse é um ponto positivo do jogo. Ter um design que agrade aos olhos é importante para se obter um jogo popular. Afinal de contas, o impacto visual do jogo é a primeira informação que o jogador recebe sobre o título, e fica mais marcado que a sinopse do próprio jogo.

 

 

Jogabilidade

 

O game oferece opções de controle tanto para a tela touch do smartphone ou tablet (com dois modos de controle), como para um eventual controle com o teclado e mouse.

 

Também permite escolher opções de dificuldade, onde os gamers podem ajustar o jogo de acordo com o seu nível de experiência no mesmo. Talvez seria mais funcional se essas telas estivessem em botões maiores, ou com maior opção de ajustes de dificuldade.

 

 

Por fim, o jogo oferece uma tela de tutorial, onde o gamer pode treinar o seu jogo antes de efetivamente enfrentar o dragão vermelho.

 

 

E é aí que as coisas começam a se complicar.

 

 

O jogo na prática

 

Eu sei que eu sou velho e burro. Já escrevi lá em cima que minha praia são os jogos mais clássicos, e que prefiro jogar no meu Xbox.

Mas isso não quer dizer que não jogo os meus games no smartphone. Tenho alguns títulos instalados, que considero que são práticos e funcionais para o meu estilo de jogo, para rodar em qualquer lugar, ou para uma diversão casual sem maiores irritações.

Dito isso, Don Quixote Reach não me irritou, mas mostrou como sou descoordenado para jogar esse game.

 

 

O jogo usa os toques laterais na tela e os sensores de movimento do smartphone para uma interação completa com o personagem principal. Na sua configuração padrão, ao tocar do lado direito da tela, você lança os livros para você subir neles. E para subir nos livros, você precisa saltar, e faz isso tocando no lado esquerdo da tela.

Para deslocar o personagem principal para os lados, você precisa inclinar a tela do smartphone para a esquerda ou para a direita.

Agora… faça tudo o que eu disse acima… ao mesmo tempo.

 

Mesmo com o tutorial para você treinar a jogabilidade do game, esta não é uma das coisas mais fáceis de se fazer.

Até é possível estabelecer uma razoável jogabilidade com um pouco de treino (e nem é muito tempo; não vai demorar para você perceber que precisa usar as funções ao mesmo tempo). Mas o ponto que quero chegar é que a jogabilidade, dessa forma, fica comprometida. Não é uma das formas mais funcionais para você estabelecer a interação do usuário com a ação na tela.

Há vários exemplos de jogos populares e muito viciantes que escolhem uma única mecânica de interação do usuário com a ação da tela, onde a maioria delas utiliza apenas o toque ou slide na tela: Angry Birds, Subway Surf, Jetpack Joyride, Flappy Bird, Temple Run, entre outros.

Já outros, como Asphalt 8 e Real Racing 3 utilizam os dois métodos: a tela de toque e o acelerômetro do celular para o movimento. Porém, são casos onde o formato de jogo de corrida ajuda e muito. Faz sentido você virar para a esquerda ou para a direita, e não ter que inclinar o telefone para um lado e ficar tocando na tela de forma frenética dos dois lados para não cair e morrer.

Aqui, não há grau de dificuldade que resista à essa jogabilidade.

E, de novo: não estou dizendo que ela é ruim. Só estou afirmando que não é a mais acessível para a maioria.

E jogos viciantes precisam ser difíceis sim, mas inicialmente acessíveis na sua jogabilidade. Senão, não vingam. É preciso qualquer usuário entender que pode jogar imediatamente o jogo, mas perceber que o jogo em si é difícil, e não a sua forma de interação com o mesmo.

 

 

Uma observação

 

Vale um alerta para os desenvolvedores de Don Quixote Reach: de acordo com a informação publicada na Google Play Store, o jogo não recebe atualizações desde fevereiro de 2016.

Um ano sem atualizar um jogo é muito tempo. Falo não apenas pelo aspecto de segurança, mas também para corrigir os erros de execução (detectei alguns gráficos sobrepostos, principalmente quando o dragão vermelho ataca na primeira plataforma à direita).

Não abandonar o jogo também é um dos segredos para o mesmo ser um sucesso.

 

 

Vale a pena?

 

Acho que vale a pena conhecer a proposta de Don Quixote Reach, até mesmo para conhecer um pouco do que é feito no universo dos games para smartphones no Brasil.

Espero que os desenvolvedores não desistam de avançar no seu progresso. Precisamos de projetos assim no Brasil.

Para aqueles que adoram desafios considerados impossíveis de serem completados, o jogo é um prato cheio.

Para os mais burrinhos (como eu), é melhor evitar.

 

Download: Don Quixote Reach para Android

 

 


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