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Review | Acer Chromebook R11

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Eu virei um fã incondicional dos Chromebooks e do Chrome OS. Além do ultrabook Toshiba Protegé Z935 (que ainda utilizo para realizar edições de vídeo), nas minhas viagens de trabalho eu sempre levo um Chromebook para a produção de textos. Os principais motivos? A praticidade, a leveza do equipamento, a autonomia de bateria, a simplicidade do sistema operacional, e outros fatores que afetam diretamente na minha produtividade.

O Acer Chromebook R11 veio em uma hora excelente. Não que eu não estivesse satisfeito com o desempenho do Lenovo N22 (que estava com Windows 10, mas acabei instalando o CloudReady pelos motivos que já descrevi), mas como ele estava em um preço excelente e oferecia um desempenho melhor do que o portátil atual, decidi arriscar a compra.

Nesse review, vou apresentar as principais características do produto, descrever o seu desempenho nas principais tarefas, mostrar um pouco mais da sua versatilidade de uso, e encontrar o tipo de usuário para o qual esse produto é indicado. Afinal de contas, o que é bom para mim pode não ser o ideal (ou bom) para você. E a decisão final por optar ou não por um produto é sempre sua.

 

 

Review em Vídeo

 

 

 

 

Características Físicas

 

 

Antes de começar, eu preciso pontuar que esse produto foi comprado de segunda mão, e o antigo vendedor aplicou essa skin protetora. Como gostei da proposta, pois o acabamento deixa o produto personalizado e mais protegido contra os efeitos do tempo, eu resolvi deixar o produto desse jeito. Essa skin pode ser encontrada em sites que vendem artigos especializados para esse notebook.

Dito isso, estamos diante de um notebook compacto, um pouco mais pesado do que os modelos que eu já utilizei em 2017 (entre os Chromebooks), mas com vantagens que vou descrever ao longo desse review.

 

 

Nas conexões, não temos muitas diferenças em relação aos produtos que testei esse ano. Duas portas USB (uma delas 3.0), um slot para cartões de memória (nesse caso, um slot SDHC), botão de liga/desliga em uma das laterais, porta HDMI completa, conector para fones de ouvido com microfone e conector para adaptador de rede elétrica proprietário.

 

 

Seu acabamento é de plástico rígido, mas na parte superior da tampa da tela (nesse caso, protegido pela skin) possui um material metálico. Seus parafusos do tipo Philips facilita uma eventual manutenção ou upgrade dos componentes.

 

 

Um destaque especial para essas dobradiças. São elas que permitem que qualifiquemos o dispositivo como um conversível, já que permite que o mesmo assuma pelo menos quatro posições para um uso mais versátil, ou de acordo com as possibilidades do usuário.

É um produto que oferece alta qualidade nos seus aspectos de construção. Não passa a impressão que vai quebrar por qualquer coisa, ou que vai apresentar desgaste pelo tempo de uso. Bom, pelo menos é o que eu espero. Nunca se sabe como esse mecanismo conversível está se desgastando dentro da carcaça. Mas a impressão que fica é que a Acer fez um trabalho para durar por muito tempo.

 

 

Tela

 

 

Estamos diante de uma tela de 11.6 polegadas (1366 x 768 pixels), que exibe as imagens com alta qualidade.

É uma tela mais brilhante do que a presente no Samsung Chromebook 3 e no Lenovo N22. Logo, ela tende a atrair mais marcas de dedo com o uso constante. Mas em compensação, esse é o preço a se pagar por ter uma tela sensível ao toque.

E vale a pena pagar esse preço.

A tela tem uma boa resposta ao toque na maior parte do tempo, e consegue entregar uma experiência de uso satisfatória, principalmente com os aplicativos do Android (falo sobre isso mais adiante).

O reflexo que a tela produz com luzes pode incomodar um pouco em determinados locais, e isso também afeta o uso ao ar livre, obrigando o aumento do nível de brilho para uma melhor visualização dos elementos na tela.

Sem falar que e um tipo de tela que naturalmente consome mais bateria do que as demais. E falo sobre isso mais adiante.

 

 

Hardware

 

O Acer Chromebook R11 conta com um processador Intel Celeron N3150, trabalhando com 4 GB de RAM (DDR3) e 32 GB de armazenamento em eMMC. O resultado final dessa combinação é um desempenho limpo e funcional, com uma experiência de uso considerada ideal para um produto dentro da sua categoria.

Por incrível que pareça, um PC com essas especificações consegue rodar o Windows 10 sem maiores problemas, já que o Intel Celeron presente nesse notebook é similar a um processador de desktop. Isso explica (em partes) o bom desempenho do dispositivo com o Chrome OS.

A maior potência também resulta em um maior impacto na autonomia de bateria. De novo, falarei sobre isso mais adiante.

 

 

Teclado e Touchpad

 

 

Boas notícias nesse aspecto.

O Acer Chromebook R11 conta com um ótimo conjunto de teclado e touchpad. As teclas estão em um ótimo tamanho o que facilita e muito a digitação por um período prolongado. Pode não ter o feedback auditivo de outros teclados (o que particularmente considero como algo positivo, pois prefiro um teclado mais silencioso em um notebook), mas o tempo de resposta é bom, e oferece o conforto para o digitar na maior parte do tempo.

 

 

O touchpad conta com um ótimo tamanho. Amplo, permite uma interação precisa com o sistema operacional, e sem o desconforto dos esbarrões da palma da mão, produzindo mudanças do local do cursor ou cliques fantasma.

 

 

O Chrome OS… com apps Android

 

É outro sistema operacional.

Um dos motivos que me fizeram escolher o Acer Chromebook R11 (além do preço muito abaixo daquele cobrado pela Acer) foi o fato dele ser um dos primeiros Chromebooks a receber o suporte para os aplicativos do Android, com a Play Store adaptada para o sistema operacional.

 

 

O resultado? Alguns dos seus aplicativos do Android vão funcionar com o Chrome OS, o que amplia o leque de possibilidades do sistema operacional. Por exemplo, o Google Documentos (editor de texto) funciona de modo 100% offline, e com um desempenho muito melhor do que a versão web desse recurso. O mesmo se aplica ao Google Keep, que abre muito mais rápido, se aproveitando do hardware mais potente.

Rodar jogos como Dead Trigger 2, outros navegadores web (Opera e Firefox), aplicativos de vídeo mais flexíveis (como o VLC) e até editores de vídeo dedicados aos smartphones são motivos muito fortes para adquirir o Acer Chromebook R11. São recursos que agregam valor ao Chrome OS, se aproximando e muito de notebook tradicional, mas com outro sistema operacional.

Em síntese: poder fazer mais e melhor, com alguns dos apps que já estão no seu smartphone Android é a melhor coisa que poderia acontecer ao Chrome OS.

 

 

Os modos de uso

 

 

Por ser um notebook conversível, o Acer Chromebook R11 conta com, pelo menos, quatro modos de uso: notebook, apresentação, stand multimídia e tablet.

Aqui, a versatilidade e a inteligência do software se fazem presentes. O Chrome OS identifica automaticamente em qual posição você deixou o notebook, e com isso bloqueia o teclado e touchpad, para evitar que você produza inserção de dados acidentais com o uso em outros modos.

Além disso, o teclado virtual sempre se faz presente, caso você deseja digitar alguma informação na tela. Porém, pela experiência que tive com o produto, a tendência é que você acabe utilizando mais os modos apresentação, stand e tablet para consumo de conteúdo. Algo que acontece naturalmente, e de forma muito satisfatória.

 

 

Áudio, Microfone e Webcam

 

 

Um dos pontos positivos no design do Acer Chromebook R11 é o posicionamento dos alto-falantes estéreo, na parte inferior, mas que ficam livres para reproduzir o som quando colocados sobre a mesa, por conta de pequenos pés emborrachados que deixam o notebook mais alto.

Além disso, quando utilizado no modo stand, esses alto-falantes ficam voltados para cima, reproduzindo um áudio mais forte. Isso é perfeito para quem quer ver filmes e vídeos com uma boa qualidade de áudio. Um acerto da Acer nesse aspecto.

Durante os testes com aplicativos de comunicação por áudio e vídeo (Facebook Messenger e Skype), tanto webcam como microfone funcionaram muito bem, com boa qualidade de áudio e vídeo. Algo importante para quem vai precisar desses recursos de forma eventual, tanto para o trabalho como para o lazer.

 

 

Bateria

 

Considerando que este é um dispositivo que possui um hardware mais potente, uma tela com características mais avançadas e maiores possibilidades de uso de software, a bateria do Acer Chromebook R11 acaba naturalmente oferecendo uma autonomia menor do que os outros modelos que testei em 2017.

Porém, repito que isso é altamente compreensível. Nesse notebook, eu consigo fazer mais e em menor tempo, por conta do seu desempenho. Por isso, as diferenças se pagam nesse aspecto.

O Acer Chromebook R11 conta com uma autonomia média de 7 horas de uso, com o WiFi ligado o tempo todo, o Bluetooth desligado e o brilho de tela em 70% na maior parte do tempo, em uma rotina de produção de textos, navegação de internet em diversos sites, acesso às principais redes sociais, envio e recebimento de e-mails o tempo todo e alguns vídeos no YouTube.

É possível obter um pouco mais de autonomia quando o brilho de tela está reduzido, mas entendo que as sete horas são suficientes para a minha rotina de trabalho em trânsito (trabalho entre 9h e 12h, pausa para almoço até às 14h, trabalho entre 14h e 17h).

Obviamente, quando você está desconectado da internet (modo avião), essa autonomia sobe para até 10 horas de uso. E, quando você roda jogos ou aplicativos mais pesados, ou fica mais tempo assistindo vídeos, a autonomia de bateria cai consideravelmente.

No final das contas, a autonomia de bateria desse notebook vai se adaptar ao seu perfil de uso.

 

 

Desempenho

 

O melhor Chromebook que eu testei até agora, e é o modelo que eu recomendo para a maioria dos usuários.

O Acer Chromebook R11 conta com um hardware sob medida para um desempenho limpo, sem travamentos, bugs ou paradas críticas. É um modelo que permite que você abra várias abas do navegador Chrome sem causar engasgos ou lentidões.

O Lenovo N22 com CloudReady ja me entregava um desempenho muito bom com 4 GB de RAM e 32 GB de armazenamento (bem melhor que os 2 GB de RAM e 16 GB de armazenamento do Samsung Chromebook 3). Porém, ainda contava com um processador Celeron N3050, que ainda deixava a desejar na hora de executar algumas tarefas.

Já o Celeron N3150 do Acer Chromebook R11 é o mínimo que se pede para um dispositivo com essas características. E o que me conquistou nesse dispositivo é o seu desempenho que permite uma melhor produtividade para diferentes tarefas, oferecendo a agilidade e praticidade que preciso em um produto como esse.

O conjunto de hardware não só roda bem o Chrome OS, mas também os apps para Android. Inclusive alguns mais pesados, como os jogos. É uma grata e positiva surpresa encontrar um desempenho tão bom para esse tipo de produto.

 

Conclusão

 

 

O Acer Chromebook R11 está mais que aprovado. É um dos melhores Chromebooks disponíveis no mercado, muito melhor do que os modelos que já testei, com preços mais modestos.

O grande problema desse produto no Brasil é o seu elevado preço oficial, superando a casa dos R$ 2 mil. Por isso, eu entendo que dei muita sorte quando encontrei um produto como esse por um preço realmente competitivo (o mesmo valor de um Samsung Chromebook 3). Lá fora, esse modelo é amplamente indicado como uma das melhores relações custo-benefício que você pode encontrar entre os notebooks com Chrome OS.

Versatilidade, produtividade e bom desempenho. Tudo isso você encontra no excelente Acer Chromebook R11!


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