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Project Treble, ou como a Google quer solucionar o problema da fragmentação do Android

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Project Treble

Com a chegada do Android Oreo, a fragmentação do Android aumentou ainda mais. A Google quer solucionar isso (ou pelo menos reduzir seu impacto) com o Project Treble.

Entendendo a fragmentação de forma simples: o Android Oreo chegou, mas a versão anterior, a Nougat, está em apenas 13,5% dos dispositivos ativos, e a divisão entre as versões desse sistema operacional é enorme.

O principal impacto negativo nesse sentido é a segurança dos dispositivos mais antigos, que ficam expostos à mais ameaças. Aqui, a Google é incapaz de unificar o Android em uma ou duas versões majoritárias, o que gera sérias críticas ao longo dos anos.

O Project Treble é um esforço para essa concentração efetiva acontecer.

 

 

Nesse momento, o projeto de atualização do Android é resumido em cinco passos: publicação do AOSP ou código fonte da versão, fase de adaptação do software ao hardware pelos fabricantes de processadores, modificações do código fonte por parte dos fabricantes, fase de testes internos dos fabricantes e publicação, com atualização via OTA.

 

 

Em regra, a Google libera o código fonte de uma nova versão do Android muito rapidamente, inclusive partilhando de forma privada o código com alguns fabricantes parceiros.

Logo, os fabricantes podem começar a trabalhar nas atualizações mais rápdio. Porém, a Google não tem controle algum sobre os passos 4 e 5 do processo. O Project Treble promete reduzir o tempo da fase 2 (adaptação de hardware e software).

A ideia é facilitar o trabalho dos fabricantes de processadores nos testes de compatibilidade entre hardware e software. Para isso, a Google compartilha e divide o Android em módulos para que a estrutura das configurações específicas fique em separado para cada dispositivo, algo que, por norma, é definido por cada fabricante de processadores.

Na prática, Qualcomm, MediaTek, Samsung, Huawei e demais fabricante saberão exatamente quais são as configurações necessárias para que o seu processador possa rodar o Android.

 

 

A vantagem do Project Treble é que os fabricantes poderão optar por atualizar os seus smartphones simplesmente atualizando o código base (ou framework), sem ter que esperar que os fabricantes de processadores lancem o seu código de implementação.

Isso pode reduzir não apenas a fragmetnação, mas também o tempo de espera de atualizações, principalmente agora, a partir do Android Oreo. Porém, não dá para prever o quão mais rápido será o processo de atualização.

A Microsoft resolveu esse problema há muito tempo, ao abstrair o hardware dos drivers Windows, O Project Treble vai pelo mesmo caminho.

A má notícia é que a esmagadora maioria dos smartphones do mercado não verão os resultados do Project Treble. A medida só vai surtir algum efeito depois de alguns anos.

Esperamos que os fabricantes adotem o Project Treble, para que não seja necessário esperar quase um ano por uma atualização do Android. E sim, temos que aceitar que a fragmentação será uma realidade a médio prazo, pelo menos.


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