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Por que um powerbank de 10.000 mAh não carrega duas vezes o meu smartphone com bateria de 5.000 mAh

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É uma pergunta que tem a sua razão de existir, pois a matemática simples e lógica nos leva a este questionamento.

Ter um powerbank ou bateria externa com muitos mAh não quer dizer que você vai carregar o seu smartphone exatamente de acordo com essa capacidade. Algumas variáveis entram nessa conta, e você precisa levar isso em consideração antes mesmo de investir o seu dinheiro em um dispositivo como esse.

Por isso, eu estou aqui para responder a pergunta que dá titulo para este artigo: por que não consigo carregar três vezes o meu smartphone com bateria de 5.000 mAh com um powerbank de 15.000 mAh?

 

Explicando didaticamente a problemática

Dentro do universo dos powerbanks, encontramos modelos com diferentes capacidades energéticas, indo dos 20.000 mAh, mais volumosos e pesados, até opções mais compactas, com 10.000 mAh.

Porém, a capacidade não é o único critério para determinar quantas vezes o seu smartphone será recarregado com essa bateria externa. Os tempos de carga também variam, com modelos que levam 5 horas e outros apenas 50 minutos, dependendo da capacidade e tecnologia empregada no processo.

Esse tempo de carga também pode ajudar a determinar quantas vezes um powerbank poderá carregar aquele mesmo telefone, pois quanto mais rápido esse acessório enviar energia para o smartphone, menos energia residual fica na bateria externa.

Os powerbanks utilizam diferentes protocolos de carga, desde os básicos que fornecem até 10 W até os avançados, que atingem mais de 100 W com o protocolo USB-PD, permitindo carregar dispositivos com baterias maiores como, por exemplo, os laptops e tablets

Internamente, os powerbanks possuem configurações com células de íon de lítio, somando capacidades em série e paralelo. Essa estrutura impacta na capacidade efetiva de trabalho, medida em Wh.

Os fabricantes frequentemente fornecem números equivalentes de mAh, o que normalmente gera uma confusão sobre a verdadeira capacidade do powerbank, que pode ser calculada multiplicando a capacidade pela voltagem.

 

A perda passa pela variação de voltagem

A necessidade de converter a voltagem para carregar dispositivos como smartphones resulta em perdas no processo, especialmente quando se utiliza carga rápida, com variação de voltagem.

Entre a conversão inicial de voltagem no powerbank e a segunda conversão no dispositivo, ocorrem naturais perdas de energia, que são típicas do processo de recarga ou transferência energética.

Para ser mais preciso, o processo de recarga gera uma perda de aproximadamente de 25% a 33% da energia armazenada no powerbank, evidenciando a diferença entre os mAh teóricos e os efetivamente entregues ao dispositivo.

Ao optar pelo processo de carregamento sem fio, a eficiência diminui ainda mais, resultando em menos carga efetiva entregue ao smartphone.

Além disso, a capacidade dos powerbanks diminui ao longo do tempo devido à degradação das baterias internas, com marcas prometendo no máximo 20% de degradação após 800 ciclos de carga.

Devido a todas essas variáveis, é crucial não confiar cegamente nos mAh anunciados, sendo necessário calcular a perda residual na capacidade efetiva para escolher o powerbank adequado.

E agora, você já sabe: um powerbank não só não consegue carregar o seu smartphone em todas as vezes que você imaginava pela conta simples de mAh, como vai fazer isso de forma cada vez menos eficiente com o passar do tempo.


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