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Por que demoramos tanto para atualizar os PCs?

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Brian Krzanich, CEO da Intel, afirmou recentemente que o ciclo de atualização dos PCs se desacelerou drasticamente, se estendendo a quase seis anos. Por que isso acontece?

O chefe do maior fabricante mundial de processadores reconheceu o óbvio: o consumidor hoje mantém seus computadores por muito mais tempo. Diante de um ciclo de atualização estimado em média de quatro anos, passamos para seis anos em um curto espaço de tempo. As consequências diretas estão na queda brutal das vendas de PCs e, consequentemente, o plano de reestruturação da Intel, que contemplou na demissão de 11% de sua força laboral e um aumento de investimentos além dos PCs, envolvendo o seu centro de dados, memórias, conectividade, sensores e tudo o que é relacionado aos dispositivos wearables e relacionados à Internet das Coisas.

O executivo comentou que Intel “precisa aumentar seus esforços e liberar as inovações adequadas para que os consumidores fiquem motivados a atualizar os PCs de forma rápida e fácil”. Ok. Mas… como fazer isso se o consumidor não sente a necessidade de atualizar os equipamentos, por considerar que seu computador é suficientemente bom para realizar a maioria das tarefas?

 

Por que demoramos tanto para atualizar os PCs?

1. Muitas plataformas com desempenho similar

A Intel tem hoje no mercado três séries de processadores para o grande consumo (Haswell, Broadwell e Skylake), e em 2016 vai lançar uma quarta, a Kaby Lake. Além disso, há outras séries para entusiastas, como a Haswell-E e a Broadwell-E. Todas melhoram em algum aspecto, as antecessoras, mas… são suficientes para obrigar uma troca?

A resposta é: não.

A Haswell é mais que suficiente para a grande maioria dos usuários, sem falar nas séries anteriores (Ivy Bridge, Sandy Bridge), que funcionam para o essencial e podem rodar os sistemas operacionais mais populares (Windows 7 e Windows 10), além de trabalhar com pacotes de escritório, acessos e serviços de internet e reprodução multimídia. Exceto em nichos específicos (workstations profissionais, máquinas para games), o usuário comum não precisa atualizar.

 

2. Mais componentes, menos PCs montados

Tudo indica que o consumidor está apostando mais em melhorar componentes específicos do computador do que trocar o computador inteiro. Mudanças que aportam valor tangível (trocar um HD por um SSD, aumentar a RAM, trocar a placa gráfica, etc).

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3. Economia e preços

Nunca houve um período com maior e melhor oferta de equipamentos informáticos. Notebooks básicos podem ser encontrados com preços muito econômicos. Porém, adquirir ou montar um bom PC, que faça a diferença em relação a dispositivos do passado exige um grande investimento.

A economia não passa pelo seu melhor momento e o preço da tecnologia aumentou com a valorização do dólar. O resultado disso são os preços naturalmente mais caros. Infelizmente.

 

4. Concorrência de outros segmentos

Ainda que o mercado de smartphones já não aumente suas vendas como nos trimestres anteriores e o tablet está em franco retrocesso, eles seguem como grandes adversários do PC. O dinheiro destinado para as compras de tecnologia é limitado, e hoje um usuário troca o seu smartphone antes de trocar de computador, apesar do ponto de saturação do mercado mobile.

 

5. Windows 10

A gratuidade da última versão do sistema operacional da Microsoft para atualizações de equipamentos com Windows 7 e Windows 8.1 e requisitos mínimos de hardware similares ao de sistemas anteriores fez com que o Windows 10 limitasse as vendas de novos computadores, ao contrário do que aconteceu com o lançamento das versões anteriores.

 

O futuro do PC

Há esperança sobre uma recuperação do mercado de PCs, se bem que os seus dias de glória ficaram no passado, ou não veremos a febre de vendas, tal e como conhecemos com os formatos clássicos do mercado.

As maiores necessidades de hardware em processamento e gráficos de novos dispositivos de realidade virtual e/ou videogames, as atualizações para SSDs, o salto para monitores 4K, os novos formatos de equipamentos 2 em 1 e conversíveis que seguem ganhando mercado ou as grandes migrações empresariais podem dar um impulso no segmento. Fora disso, e em geral, a declaração do CEO da Intel é uma realidade que já vemos a algum tempo.

É possível recuperar o mercado de PCs? A cada quanto tempo você atualiza o seu computador? Você troca componentes, ou troca o computador inteiro?


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