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Os netbooks voltaram?

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netbooks

 

Quando começamos o TargetHD.net, os netbooks eram um verdadeiro fenômeno das massas, mas desapareceram poucos anos depois, dando espaço aos tablets e ultrabooks.

Agora, o conceito parece voltar com alguns projetos de crowdfunding, mas com um sucessor claro nos tablets conversíveis, principalmente aqueles vindos da China.

 

 

Quem detonou a febre dos netbooks no mundo foi um produto que era totalmente segmentado: o One Laptop Per Child (OLPC), voltado para as crianças de países em desenvolvimento. Podia carregar sua bateria com uma manivela e era uma opção muito interessante.

A partir daí, fabricantes como a ASUS fizeram do produto um sucesso. Principalmente o Eee PC.

Muitos competiram em um mercado viral, onde os usuários viram o netbook como um computador modesto, porém, versátil. Críticas razoáveis vieram, como o hardware modesto, materiais e construção de qualidade questionável e especificações insuficientes para tarefas mais complexas.

Com o tempo, os notebooks tradicionais tiveram seus preços reduzidos, o que ajudou na queda das vendas dos netbooks. Sem falar nos tablets, mais portáteis e funcionais.

O lançamento do iPad em 2010 foi a última pá de cal nos netbooks.

 

 

Porém, vários projetos com financiamento coletivo surgiram recentemente para recuperar o conceito.

O Gemini é um deles. Ele lembra um PDA Psion Series 45 com teclado físico, é ainda menor que um netbook, possui um hardware e software típicos de um dispositivo Android, mas permitindo uma digitação mais cômoda do que a que encontramos em um smartphone hoje.

Mas esse é o tipo de conceito que parece não convencer a maioria dos usuários sobre o quão bom pode ser um produto como esse para a produtividade. Sem falar que outros sistemas de interação (principalmente os comandos de voz) ganham mais e mais força nos dispositivos portáteis.

 


O Gemini não está sozinho nessa tentativa de resgatar o netbook. O DragonBox Pyra, sucessor do OpenPandora, é um mini-notebook com tela de 5 polegadas baseado em Linux, que conta com controles para videogames integrados no teclado QWERTY.

Também temos os produtos da chinesa GPD, que há tempos comercializa consoles portáteis baseados no Android ou no Windows, com configurações interessantes e formato diferenciado.

 

 

Os dois projetos foram um sucesso em suas respectivas campanhas no IndieGoGo, o que mostra o claro interesse dos usuários. Pode ser que o formato desses produtos não interesse às gigantes do setor, como Samsung ou Apple, mas são atraentes para um nicho de mercado nada depreciável, estimado em 10 milhões de unidades.

 

 

Esses conceitos se misturam com outros cada vez mais populares: os tablets conversíveis.

O sucesso do Microsoft Surface Pro e o lançamento do iPad Pro da Apple transformaram o formato em tendência de mercado, em um movimento similar ao que os netbooks geraram em sua época.

Os fabricantes parecem ter aceitado o fato que o tablet precisa evoluir para um formato que o transforme em um produto mais versátil e pensado na produtividade, e não apenas restrito ao consumo de conteúdo.

A melhor parte é que os fabricantes foram se adaptando às nossas necessidades com os conversíveis, e os preços foram caindo consideravelmente com o passar do tempo.

Os chineses de novo forçaram a barra de preço para baixo, com dispositivos com processadores Intel Atom e dual boot (Windows 10/Android), ou até mesmo com o Remix OS. Os tablets conversíveis (ou notebooks de baixo custo) contam com teclados removíveis e parte das configurações de dispositivos top de linha com preços muito competitivos.

Logo, vemos uma tentativa de recuperar a ideia original dos netbooks, e todos esse formatos podem ter o seu espaço por conta das diferentes necessidades dos usuários. Pode ser que os netbooks tal e como conhecemos há 10 anos não voltem ao mercado, mas sim com novos formatos e melhores especificações.


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