O siliceno é, até agora, um material quase relegado aos laboratórios, mas um engenheiro de informática da Universidade do Texas, Deji Akinwande, descobriu uma forma de fazer com que o siliceno seja parte dos primeiros transistores que podem aproveitar as suas propriedades.
O material é um alótropo bidimensional do silício – similar ao grafeno -, e se destaca por suas propriedades elétricas. O funcionamento do siliceno em circuitos eletrônicos poderá ser a base de processadores muito mais velozes que os atuais.
Diferente do grafeno, o siliceno precisa ser fabricado artificialmente em um laboratório. Sua produção e muito complexa no momento, e até agora apenas alguns grupos de pesquisa conseguiram fabricar o elemento. Além disso, o siliceno é um material instável, o que torna sua manipulação ainda mais complicada.
Akinwande conseguiu solucionar esse problema, produzindo o siliceno sobre uma fina película de prata coberta com óxido de alumínio. O processo continua até a criação de um transistor que é estável. Ainda que o processo não é prático no seu aspecto comercial nesse momento, os resultados fazem com que esse seja um primeiro passo importante para futuras aplicações reais.