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O “Perdi meu amor na balada” da Nokia pode virar caso de Procon e Conar

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Um viral tem os seus efeitos. Positivos e negativos. Quando dão certo, é considerado uma boa sacada de marketing. Quando dão errado, eles viram casos de Procon (SP) e Conar (Conselho Nacional de Autoregulamentação Publicitária). As duas entidades estão investigando a campanha “Perdi meu amor na balada”, da Nokia, para saber se a mesma desrespeitou os direitos do consumidor.

O motivo da investigação é a ausência de identificação do viral como uma propaganda, algo que é obrigatório em uma estratégia de marketing do gênero. A campanha deu certo, pois mobilizou os internautas, que por sua vez, tornaram o vídeo um hit na internet. Porém, dias antes de anunciar o lançamento do seu novo smartphone, o 808 Pure View, a Nokia revelou que a ação do vídeo era uma campanha para promover o smartphone.

Para a Nokia, a campanha “foi um sucesso”. Mas boa parte dos internautas não gostou da forma como as coisas terminaram. E o Conar ficou de olho na manifestação popular sobre o assunto. Segundo informa o site da revista Isto É Dinheiro, o Conselho que fiscaliza as atividades de marketing e propaganda no Brasil já acionou a Nokia, e espera um posicionamento oficial da empresa. Em último caso, o vídeo pode ter a sua veiculação suspensa, o que, cá para nós, seria um efeito com danos pequenos para a fabricante de celulares, uma vez que o resultado já foi atingido, e o smartphone já está no mercado.

A decisão do Conar é baseada no artigo 9o, que diz que “a atividade publicitária de que trata este Código será sempre ostensiva”, ou seja, toda e qualquer campanha publicitária deve deixar claro, em algum momento, que é uma campanha publicitária, mesmo que seja durante os chamados “intervalos comerciais”. A campanha em questão da Nokia não tem o logo da empresa, nem mesmo qualquer referência à sua agência que a criou, o que seria o suficiente para configurar uma chamada publicitária.

Até o momento, o Procon de São Paulo não recebeu nenhuma notificação contra a campanha, porém, o diretor-executivo do órgão regulamentador, Paulo Arthur Gomes, considera validar uma investigação, já que a publicidade se tornou pública e notória de forma repentina. Gomes reforça que toda mensagem de caráter publicitário deve ser feita de modo que o consumidor possa identificá-la como tal, pela simples questão de ética e transparência para o consumidor.

Caso aconteça uma punição, a Nokia pode receber uma multa que varia de R$ 400 a R$ 6 milhões.

Via Isto É Dinheiro


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