“Cada ser humano é definido por seu comportamento. Nós chamamos tal comportamento de eDNA”. Assim explica a Oxford BioChronometrics, uma startup da Oxford University, como eles pretendem revolucionar o mundo das senhas e da identidade online. Eles garantem que o eDNA (ou Atributos Naturais Definidos eletronicamente) consegue ser ainda mais único e exclusivo que uma digital ou um escâner de retina.
O eDNA de uma pessoa é composto pela medição das centenas de interações com os conteúdos digitais, analisando assim o seu comportamento. Por exemplo, a velocidade de digitação (incluindo o intervalo de transição de uma letra e outra), a forma de movimentação do mouse, como seguramos o smartphone, e diversos outros parâmetros diferentes, que determinam uma identidade única.
Segundo a Oxford BioChronometrics, o sistema possui vantagens claras: é impossível falsificar (ou “é muito difícil se conectar e não ser você mesmo”) o sistema, que é capaz inclusive de reconhecer mudanças no comportamento do usuário, para que o algorítimo siga funcionando quando, por exemplo, o usuário estiver embriagado ou doente.
Seus desenvolvedores acreditam que o eDNA não só é perfeito para usuários domésticos, mas também para empresas de grande porte, como Google e Facebook. O motivo? O sistema é capaz de detectar se estamos diante de uma pessoa real ou um bot, que realiza fraudes como cliques falsos nos anúncios, registro de pessoas que não existem, entre outras possibilidades.
A grande pergunta que fica é se os usuários estão dispostos a serem monitorados tão profundamente. E é disso que depende o sucesso (ou fracasso) do eDNA.
Via Oxford, The Guardian