O pessoal do iFixit publicou a sua análise de desmontagem do Nintendo Switch, e temos boas notícias no quesito “reparabilidade” do console.
O Nintendo Switch é um produto bem acessível nesse aspecto, inclusive no seu sistema operacional, cujo kernel é um FreeBSD.
A Nintendo facilitou as coisas para você consertar esse console
Ao abrir o console, encontramos uma placa metálica para dissipar o calor. Abaixo dela, boa parte do seu espaço é ocupado por uma bateria de 16 Wh, com o circuito que revela a placa para o leitor microSD facilmente substituível, e o armazenamento em flash (eMMC NAND de 32 GB) da Toshiba pode ser removível.
Outra boa surpresa é que a tela não está colada ao ele mento digitalizador, dispensando a troca de dois itens que poderiam aumentar seus custos de reparação.
A parte principal do console mostra um SoC NVIDIA ODNX02-A2 (versão especial do Tegra X1), com 4 GB de RAM LPDDR4, o chip WiFi 802.11ac e alguns componentes adicionais.
Os controles também foram desmontados, onde cada um recebe uma bateria de 1.9 Wh, conectividade Bluetooth, acelerômetros e giroscópio. A antena NFC e o hardware de infravermelho são dois segredos para o seu funcionamento.
Um coração FreeBSD
Um dado interno recém descoberto é que o núcleo do sistema operacional do Nintendo Switch é um FreeBSD.
O sistema oferece um multitarefa real, o que abre a possibilidade do console fazer mais coisas do que a Nintendo pensou durante o seu desenvolvimento.
Aqui também fica clara que o console pode ter alguma vulnerabilidade para acessar as opções que ofereçam o privilégio de superusuário. Mas a descoberta mostra a tendência da Nintendo em usar o software livre para seus consoles (usou o Linux no NES Classic Mini).
Vale lembrar que Orbis OS, sistema operacional do PlayStation 4 da Sony, também é derivado do FreeBSD.
No final das contas, o Nintendo Switch, com o seu sistema de reparação modular, recebeu do iFixit uma pontuação 8 em 10 sobre o seu nível de reparação. A seguir, um resumo com os pontos positivos e negativos que determinaram essa nota.
A FAVOR
– Só tem cola para a tela. Os demais itens são com parafusos.
– A maioria dos componentes são modulares e facilmente substituíveis.
– A bateria é modular, e pode ser trocada sem problemas.
– Reparar a tela é complicado, mas relativamente barato, já que a mesma pode ser separada do digitalizador.
CONTRA
– Os parafusos são proprietários, o que exige uma chave especial.
– Digitalizador e tela recebem muita cola, e separar as duas peças é algo mais complicado.
Via iFixit