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Google demite engenheiro que criticou políticas de igualdade da empresa

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A Google localizou e demitiu o funcionário que, de forma anônima, publicou a nota interna que criticava as políticas de igualdade da empresa.

O texto viralizou na Google, e vazou para a imprensa, correndo como pólvora em Silicon Valley, obrigando inclusive a Sundar Pichai (CEO da Google) a suspender suas férias para resolver a questão.

James Damore, um engenheiro com formação em Harvard, é o autor do texto, e foi demitido por “perpetuar estereótipos de gênero”. O engenheiro procura agora uma forma de recorrer à demissão na Junta de Relações Laborais dos Estados Unidos, o que será difícil, já que ele violou o código de conduta da Google.

Damore publicou internamente um memorando de dez páginas, criticando os programas de diversidade adotados pela Google para avançar em políticas de igualdade.

No passado, a Google foi criticada por ter quase 70% dos seus funcionários como homens e em postos técnicos de engenharia. Nos postos executivos, essa porcentagem era muito maior. Salvo algumas exceções, os números se estendem a outras gigantes de tecnologia.

O problema do texto de Damore é que faltou pouco para ele afirmar que “lugar de mulher é na cozinha ou em casa cuidando dos filhos”. Afirmou que temos menos mulheres no mundo da tecnologia por conta da “biologia”, e que existem aptidões naturais dos homens para serem programadores, e que as mulheres eram mais inclinadas aos sentimentos e ideias, e que deveriam cursar carreiras sociais ou artísticas.

Damore também garantiu que as mulheres são “mais instáveis”, e por isso não ocupam postos executivos que envolvem elevado nível de estresse. Também afirmou que “não são capazes de realizar o mesmo trabalho que os homens” nos postos de tecnologia.

Para Damore, a Google não deveria promover políticas de igualdade, nem “se voltar para a esquerda”, como ele entendia que a empresa estava fazendo.

A repulsa aos argumentos sexistas do engenheiro foi geral, desde os funcionários rasos até à nova vice-presidente de diversidade da Google, Danielle Brown, que em e-mail interno comentou que “não é um ponto de vista que a empresa ou eu mesmo respaldemos, promovemos ou alentemos. Somos inflexíveis na nossa crença que a diversidade e a inclusão são as chaves para o sucesso de nossa empresa, e seguiremos lutando por isso, comprometidos para que seja assim a longo prazo”, comentou.

Sundar Pichai suspendeu suas férias na África para enviar um documento sobre o caso, reforçando o discurso feito pela responsável pela diversidade, e apontando uma clara violação do código de conduta.

Ali,o engenheiro estava sentenciado, por mais que a Google fomente a crítica em muitos campos, já que alegam que o profissional tinha o direito de expressar suas opiniões.

Entendo que ele teve o direito de expressar suas opiniões preservado. Tanto, que ele fez isso. Mas também entendo que ele tem que responder pelas consequências disso.

Não vejo como censura algo que claramente demonstra ser uma lei de causa e efeito.

Simples assim.

 

 

Para ler o código de conduta do Alphabet na íntegra, clique aqui.

Para ler o texto original, com links e referências, clique aqui.


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