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Então… vamos falar do Android (em 2013)

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O Android caminha sozinho. É o sistema operacional móvel dominante, com uma fatia de mercado de quase 75% no primeiro trimestre de 2013, alcançou um ponto de maturidade ideal para ser reconhecido como um grande sistema operacional, e a sua geração mais recente (Jelly Bean) é hoje a mais utilizada entre os usuários, ultrapassando o domínio da versão Gingerbread, que durava anos. Resumindo: o Android dominou o mundo.

Nesse post, vamos dividir essa análise atual do universo Android em segmentos. Vamos observar informalmente qual é a situação atual do sistema em relação aos seus competidores, consumidores, hardware e software, e até mesmo fazer um exercício de futurologia sobre os novos desafios do robozinho verde. Até porque chegar ao topo foi algo muito difícil. Se estabelecer nele, mesmo com tamanha vantagem, não é uma tarefa muito fácil. Vejamos.

 

O Android vs a concorrência

No primeiro trimestre de 2013, o Android ocupou 74.4% do volume de vendas de dispositivos móveis. Três em cada quatro dispositivos vendidos do mundo no período rodam em suas entranhas o sistema Android. Isso mostra não apenas o quanto o sistema se popularizou, mas também o quanto que ele se tornou dominante em relação aos demais.

Esse domínio tem explicações bem simples. Primeiro, o Android é uma plataforma aberta, que é utilizada por um grande número de fabricantes. Segundo, são oferecidos dispositivos com o sistema da Google com os mais diferentes preços e formatos. Terceiro, essa é uma plataforma que não para de crescer, e a prova disso é a Google Play Store, que conta hoje com o mesmo volume de aplicativos da sua principal concorrente (Apple App Store), mesmo começando mais de um ano depois.

É difícil imaginar um cenário de mudança, pelo menos a curto prazo. O Android segue aumentando a sua quota de mercado, mesmo que em velocidade mais lenta. O iOS ainda tem o seu público cativo, e vive um momento importante de mudanças com a chegada do iOS 7. O Windows Phone ainda briga para se consolidar na terceira posição, e a BlackBerry vive um momento completo de reformulação. Sem falar nos novos sistemas móveis que estão surgindo (Firefox OS, Tizen OS, etc).

Ou seja, mesmo com uma concorrência que se movimenta para tentar se apresentar como alternativa real, o Android vive um momento de estabilidade diante dos rivais. E muito disso se deve ao bom trabalho feito na versão Jelly Bean. Mas vamos falar disso mais para frente.

Hardware

Como foi dito antes nesse texto, muito do sucesso do Android está no fato de ser possível encontrar modelos para os mais diferentes tipos de usuário, com grande flexibilidade de preço. Porém, em 2013, podemos perceber algumas diferenças significativas.

Se você observar que, hoje, a maioria dos produtos comercializados contam com a versão Jelly Bean do sistema, você logo vai concluir que não estamos mais falando de modelos com um hardware muito limitado. O mínimo que se espera de um smart Android de entrada é: processador single-core de 1 GHz, 1 GB de RAM, tela de 3.5 polegadas e uma GPU razoável para rodar os gráficos. Nesse cenário, nós temos muitos modelos com preços competitivos, que já rodam o Android Jelly Bean, e com uma performance muito melhor do que os modelos de entrada de dois anos atrás.

Isso mostra a maturidade do sistema como um todo, e o aumento da qualidade do Android em seus produtos.

Do outro lado da corda, os smartphones mais poderosos do planeta contam com o sistema Android. Modelos como o Sony Xperia ZQ, Samsung Galaxy S4, o futuro Motorola Moto X, LG Nexus 4 e LG Optimus G são ótimos exemplos de smartphones com um poderia técnico elevadíssimo, e o Android consegue, nesses dispositivos, explorar todo esse potencial, entregando ao usuário o melhor dessa experiência de uso.

O mais importante é que, hoje, o Android é capaz de oferecer o mesmo desempenho nas atividades mais básicas (acesso à internet, leitura de e-mails, uso das redes sociais, vídeos online, gerenciamento de agendas e contatos, etc) para os dispositivos de diferentes categorias. Em um passado não muito distante, a diferença entre um smartphone Android de entrada e um modelo top de linha era mais acentuada. Hoje, salvo as restrições oferecidas pelas próprias características do hardware, a experiência de uso é a mesma, e de boa qualidade na maioria dos casos.

O Android também é o sistema dominante nos tablets, oferecendo os mesmos benefícios que os smartphones, mesmo que em escala menor. Os modelos com a versão Android Jelly Bean hoje dominam o mercado de dispositivos com telas de 7 polegadas, estabelecendo o parâmetro para o mercado atual. Hoje, você pode comprar um bom tablet para as atividades mais básicas com preços a partir de R$ 500. Em um passado não muito distante, essa possibilidade era quase inexistente.

E isso porque não exploramos o fato do Android começar a ocupar outros segmentos de produtos de tecnologia e eletrônicos de consumo, como Smart TVs, mini PCs, relógios, geladeiras, eletrodomésticos em geral e outros dispositivos.

Software

O Android cresceu e amadureceu. A versão 4.x Jelly Bean do sistema da Google apresenta uma gama de novos recursos que representaram um salto de qualidade muito grande em relação à geração anterior (2.3.x Gingerbread). E por causa disso, hoje, temos diferentes produtos com uma experiência de uso plena.

Talvez a principal novidade oferecida pelo Android Jelly Bean foi o Project Butter. Uma das principais reclamações dos usuários do Android era justamente a fluidez do sistema operacional, que eventualmente sofria de travamentos e arrastos nas transições de telas, além de um toque impreciso na tela. A Google trabalhou pesado nesse aspecto, e desenvolveu uma tecnologia de software que é capaz de detectar qualquer coisa que está acontecendo na tela, através de um temporizador de sincronia vertical.

Além disso, um motor de renderização mais eficiente foi adicionado, com buffer triplo, para melhorar sensivelmente o desempenho gráfico do sistema. Esses dois recursos combinados fizeram com que o Android se transformasse em um novo sistema: mais fluído, mais consistente e mais prazeroso de se interagir.

Por consequência, a plataforma, que já despertava o interesse de desenvolvedores pela quantidade de usuários que não param de crescer, passou a chamar a atenção pela qualidade do sistema como um todo. O resultado disso foi a adição de novos e importantes parceiros, que decidiram desenvolver as versões de aplicativos que até então eram exclusivas para outros sistemas. E os usuários responderam positivamente.

Um exemplo clássico do que estamos falando é o Instagram para Android. Em poucas horas, esse se tornou o aplicativo mais baixado da Google Play Store, e ainda é um dos mais baixados e utilizados pelos usuários.

O futuro do Android

É difícil prever o futuro, e tudo nesse mundo é cíclico. Porém, vai ser difícil tirar o domínio do Android no mercado mobile a curto ou médio prazo. Não falamos isso apenas pelos 75% de mercado, mas pelas perspectivas de expansão do sistema.

Muito se espera da próxima versão do Android, a 5.0 Key Lime Pie. Os atrasos no seu lançamento tem um único motivo: dar uma sobrevida à bem sucedida versão Jelly Bean. E isso é perfeitamente compreensível. Sem falar que a boa qualidade da versão atual dá mais tempo para a Google trabalhar na próxima versão, reduzindo assim as chances de erro. Sem falar que o futuro pode reservar a expansão do Android em outras plataformas de consumo, algo que já é esboçado hoje, mas que pode se tornar algo mais efetivo com as próximas versões.

Conclusão

O Android é, hoje, uma plataforma madura, estável e dominante. É uma excelente opção de sistema operacional, e já está na lista dos sistemas mais bem sucedidos da história. No futuro, vamos nos lembrar do Android como um sistema que marcou época, que democratizou a tecnologia móvel, e ofereceu à milhões de usuários o primeiro acesso ao mundo conectado. Se o futuro é incerto, a única coisa que podemos dizer que é, diante do cenário atual, o futuro do Android tem tudo para ser muito promissor.


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