Uma ideia que pode ser considerada no mínimo diferente, e que pode ajudar aos moradores de rua a conseguirem algum dinheiro: transformar os mendigos da cidade de Nova York em pontos de acesso Wi-Fi. A ideia foi testada durante a conferência SxSW, que acontece nessa semana em Austin, Texas, Estados Unidos.
Quem lançou a ideia do Homeless Hotspots foi a empresa BBH New York, que tem como objetivo modernizar o conceito do “Street Newspaper” que é a prática da venda de jornais pelos mendigos locais, em troca de dinheiro. Durante o evento, os moradores de rua circularam por toda a área do evento, usando uma camiseta com a mensagem “Eu sou um hotspot 4G”. Caso o usuário desejasse aproveitar da conexão do morador de rua, pagava diretamente ao portador da camiseta a quantia de US$ 2 para cada 15 minutos de acesso, tempo esse mais que suficiente para ler e-mails, atualizar as redes sociais e fazer uma pesquisa rápida na internet.
A ideia tem seus pontos positivos. Além de disseminar a conexão de internet em alta velocidade, pode oferecer mais uma maneira dos mais desfavorecidos em adquirir dinheiro para melhorar suas vidas. Por outro lado, o projeto recebe críticas diversas de entidades defensoras dos direitos humanos, pois consideram a prática de manter um mendigo como ponto de acesso Wi-Fi como algo “desumano” e “humilhante”.
Saneel Radia, uma das responsáveis pela BBH e idealizadora do projeto, responde as críticas feitas ao Homeless Hotspots, dizendo que entende que as pessoas estão falando muito a respeito de sua iniciativa, mas ela acredita que a ideia é muito boa para as pessoas sem-teto que eles estão tentando ajudar. Abaixo, veja o vídeo de um dos adeptos do projeto, que perdeu sua casa durante o furacão Katrina, em Nova Orleans.