A Neutralidade na Internet está comprometida.
Bloqueio, discriminação ou cobranças adicionais pelo uso de determinados aplicativos e serviços, a criminalização das redes P2P, o controle político do acesso à internet e a oferta de vantagens competitivas priorizando acessos e tráfego a quem pagar mais por isso.
Tudo isso precisa ser erradicado.
A Neutralidade na Rede é um princípio fundamental para garantir uma internet livre, aberta e não discriminatória. O termo foi cunhado na Universidade de Columbia pelo professor Tim Wu, e se refere à forma como os provedores de acesso à internet, governos ou organizações que regulam o seu uso tratam o tráfego de dados por igual, sem discriminação, independente do serviço ou aplicativo utilizado, o modo de comunicação ou o hardware utilizado.
É claro que esse princípio tem algumas exclusões. Por exemplo, a priorização das comunicações de serviços emergenciais, o gerenciamento da própria rede das operadoras ou o uso de serviços críticos como em caso de ciberataques globais e tele-assistência. Essas exceções deve ser conhecidas e limitadas estritamente em seu número.
De acordo com a EFE (Electronic Frontier Foundtion), a luta pela neutralidade da rede não implica apenas na proteção dos consumidores, mas define direitos fundamentais como, por exemplo, a liberdade de expressão.
Ou seja, a neutralidade da rede equivale ao princípio de igualdade e não discriminação dos usuários da rede, e sua defesa é essencial para evitar no futuro uma internet sobre o controle de poucos.
Hoje, 12 de julho, é o dia escolhido para protestar contra aqueles que querem eliminar a Neutralidade da Rede.
Gigantes da tecnologia como Google, Facebook, Amazon, Reddit, Twitter, Snapchat, Kickstarter, Pornhub e várias associações do mundo conectado devem fazer seus manifestos. Humildemente, o TargetHD.net publica esse post, como apoio ao movimento.
O protesto é atemporal e não é o primeiro, pois nunca existiu uma neutralidade na internet de verdade. Mas hoje acontece diante da votação realizada no começo de 2017, onde a FCC norte-americana propôs a eliminação de uma norma impulsionada pelo governo de Barack Obama que impedia a priorização ou estrangulamento do tráfego, assim como outras medidas que protegiam a neutralidade.
Quem se opõe à neutralidade da rede (operadoras e provedores de serviços de internet, respaldadas por alguns governos) argumentam que este princípio freia a inovação e prejudica os investimentos na infraestrutura em telecomunicações.
Falando francamente: isso é conversa para boi dormir!
A desculpa é pura questão de negócios. Não pela demanda de serviços, mas sim para que essas empresas obtenham maiores lucros e um maior controle das redes e da internet.
E precisamos evitar que isso aconteça.