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Como a inteligência artificial está detectando tendências suicidas nas redes sociais mais rápido que os humanos

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inteligência artificial

 

A verdade é uma só: nos últimos 50 anos, não avançamos em nada na tecnologia de prevenção ao suicídio. Porém, a inteligência artificial fez progressos nesse aspecto.

Vários projetos fizeram grandes avanços em prever tendências suicidas. E esse é um problema muito sério: a OMS informa que, a cada ano, se suicidam 800 mil pessoas.

O algoritmo desenvolvido pela equipe de Jessica Ribeiro é capaz de prever quem vai cometer suicídio nos próximos dois anos, com 80% de índice de acerto. Os dados mostram que o algoritmo se concentro em pacientes de hospitais gerais, com uma precisão de até 92% para prever suicídios com uma semana de antecedência.

São resultados preliminares espetaculares. Para alcançá-los, foram necessários mais de 2 milhões de registros clínicos para treinar o algoritmo para detectar os padrões de suicídio. E tudo ainda está no começo.

 

 

Agora, imagine o que esse algoritmo seria capaz de fazer em uma rede social, que tem muito mais dados a serem analisados?

Casos como o da pequena Katelyn Nicole Davis, de apenas 12 anos de idade, que transmitiu ao vivo o seu suicídio no Facebook em 2016 poderiam ser evitados. A própria rede já começa a usar a inteligência artificial para identificar os membros que podem cometer suicídio em um futuro próximo.

A prevenção do suicídio é a primeira grande tarefa de controle semântico de conteúdos com inteligência artificial desenvolvida pelo Facebook. É testada nos Estados Unidos, e é desenvolvida com a ajuda de especialistas e organizações sociais.

Os algoritmos reconhecem os padrões em conteúdos publicados pelos usuários e nas reações dos seus contatos. Falar de tristeza ou dor em determinados sentidos pode ser um sinal. E comentários do tipo “você está bem?” ou “estou preocupado com você”, também.

 

 

O que você pode fazer?

 

 

A privacidade e a saúde são dois princípios éticos que estão em constante conflito. Até que ponto podemos usar os dados privados de uma pessoa para recomendar tratamentos médicos? Mais: como podemos usar esses dados para intervir sem perder a informação pelo caminho?

É um terreno ainda pouco estudado, mas se esses algoritmos alcançarem um impacto real na nossa vida digital, o passo será enorme. E estaremos prestes a viver um dos debates de saúde mais importantes do futuro: como proteger a saúde e a privacidade em um mundo digitalizado?


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