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China “legaliza” os videogames, estabelecendo condições econômicas

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Estamos em 2013, e tão inacreditável quanto possa parecer, a venda dos videogames na China é algo, basicamente, ilegal. Há 13 anos, o governo de Pequim decidiu limpar o mercado das “pecaminosas” obras digitais, que ameaçavam contaminar a juventude do país, promulgando uma lei que restringe fortemente a fabricação e o comércio de videogames e seus respectivos jogos. O motivo? O governo local considera os videogames nocivos para a infância.

Na prática, a lei nunca foi realmente obedecida, e eles só conseguiram criar um grande mercado cinza, sem nenhum tipo de regulamentação, onde apenas operam legalmente umas poucas empresas nacionais, com o aval das autoridades locais. Pois bem, esta situação está prestes a chegar ao fim.

A China anunciou um programa piloto que tem como objetivo estimular o investimento privado, a concorrência e o crescimento econômico da indústria dos videogames no país, que finalmente é reconhecida como uma atividade legítima. Com isso, os principais fabricantes do mercado podem vender os seus consoles e equipamentos recreativos em todo o país, sem maiores entraves do governo.

Mas nem tudo é perfeito nesse mundo. A única restrição que afeta de forma direta os consumidores é o fato do governo chinês ainda submeter os jogos à censura oficial, para impedir que conteúdos que eles considerem nocivos e perniciosos cheguem às crianças e adolescentes. Ou seja, só estarão disponíveis aqueles jogos que passaram pelo filtro do Ministério da Cultura local.

Outra condição imposta não é tão restritiva, mas é de interesse para os estúdios desenvolvedores de jogos e fabricantes de consoles: o governo chinês só vai permitir a operação de empresas que se registrem na zona livre de Shanghai, que é o que basicamente vai permitir que o governo local arrecade mais impostos, obtendo assim o seu incremento no tal plano econômico.

É importante ressaltar que os consumidores chineses já contavam com a possibilidade de adquirir praticamente todos os consoles disponíveis no resto do mundo, graças ao famoso mercado cinza (algo parecido acontecia aqui no Brasil no começo da década de 1990 até o começo da década de 2000, mas sem todas as censuras adotadas pela China), de modo que não haverá muitas mudanças na disponibilidade dos produtos.

A principal vantagem para esses consumidores é que, finalmente, empresas como Sony, Nintendo (que opera no país através de uma joint-venture nacional, voltada para o público infantil) e Microsoft poderão atender os consumidores de forma direta, através do seus próprios canais de distribuição, o que significa preços mais competitivos do aqueles ofertados pelos importadores, e a disponibilidade da assistência técnica oficial da fabricante.

Via Engadget


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