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E3 oficialmente acabou (e você sabia disso)

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O comunicado oficial da ESA feito por Stanley Pierre-Louis confirma o que todo mundo com bom senso e QI acima de 90 já sabia: o encerramento permanente da E3, renomada feira de videogames que serviu como vitrine para a indústria global por mais de duas décadas.

A notícia surge após a recente decisão de cancelar a edição de 2023, programada para ocorrer entre 13 e 16 de junho em Las Vegas. Este evento seria o primeiro presencial desde 2019, mas a ausência de gigantes como Microsoft, Sony, Nintendo e Ubisoft contribuiu para a suspensão do evento, algo que foi anunciado em março de 2023.

Este artigo existe apenas para pregar os pregos no caixão que estava fechado desde 2021 (pelo menos), pois antes mesmo da pandemia já se sentia uma queda de qualidade e prestígio da E3.

 

A Nintendo foi a primeira a pular do barco

O declínio do E3 não é recente: começou quando a Nintendo introduziu os eventos ‘Direct’ em 2011, em apresentações gravadas sem necessidade de público ou imprensa presencial.

Esta abordagem se revelou visionária diante dos crescentes custos de eventos presenciais para empresas e mídia, especialmente com a audiência e vendas em declínio.

Os eventos ‘Direct’ da Nintendo, inicialmente considerados quase como uma heresia pelos fãs de games que não tinham o contato direto com os jogos, provou que era inovador, antecipando tendências.

A combinação de custos insustentáveis e a disponibilidade da internet tornaram obsoletos os eventos presenciais, e essa é uma tendência que se disseminou entre os fabricantes de games e está contaminando outros setores da tecnologia.

 

Depois veio a Sony e as demais

Antes da pandemia, em 2018, a Sony anunciou sua saída do E3, seguindo os passos da Nintendo. Isso desencadeou uma série de outras empresas a fazerem o mesmo, marcando um ponto crucial no declínio da importância do evento.

A decisão de empresas como Microsoft, Nintendo e Ubisoft de não participar do E3 em 2023 destacou a falta de apoio das principais figuras da indústria, contribuindo significativamente para a decisão de cancelar o evento.

Várias outras marcas perceberam que o movimento de Nintendo e Sony era acertado, e seguiram os seus passos. A própria Microsoft, a última entre as grandes a permanecer na E3, investe hoje mais em eventos regionais como a CCXP e a Brasil Game Show, e os resultados foram mais expressivos.

A pandemia, que fechou o mundo em 2018, intensificou os problemas do formato presencial do E3. Isso impulsionou a decisão de muitas empresas de abandonar o evento em favor de abordagens mais flexíveis e acessíveis.

E3 já tem “substituto”

Com a saída de grandes nomes, personalidades como Geoff Keighley começaram a organizar eventos paralelos. Keighley, controla o Game Awards e o Summer Game Fest, emergindo como o sucessor não oficial do E3, com todas as suas nuances positivas e negativas.

Geoff Keighley, uma vez colaborador da ESA, se tornou uma figura central na redefinição do cenário de eventos de videogame. Seus projetos certamente vão preencher o vazio deixado pela E3.

Logo, Game Awards e Summer Game Fest vão ocupar o lugar da (agora) saudosa e lendária feira de games, mostrando como eventos adaptáveis e online se tornaram mais relevantes na indústria de jogos.

Um dos erros da E3 (entre muitos) era restringir e dificultar as transmissões ao vivo dos seus painéis ou de conteúdos disponibilizados para os fãs presentes na feira. E em um mundo conectado, essa é uma decisão infeliz.

Até posso sentir falta da E3, principalmente nos seus tempos áureos. Mas a tendência é que esse evento caia no esquecimento como tantos outros, e a maioria nem vai se lembrar que ela existe, mesmo que muitos contem com condição de viajar para os Estados Unidos para ver tudo de perto.


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