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Autonomia de bateria dos smartphones: nosso maior problema com esses dispositivos

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O smartphone é o tipo de produto que se tornou indispensável para qualquer pessoa que quer ter um contato mais próximo e essencial com o mundo da tecnologia. Seja pelo gosto de ser um geek com produtos modernos, ou pelo fato de você ser um profissional, e precisa contar com um produto que armazene as suas informações mais vitais de forma prática, e em um produto que você pode colocar e tirar do bolso rapidamente, o smartphone é, talvez, o produto que sintetiza o conceito de tecnologia móvel. 99% dos geeks que conheço possuem um smartphone, e estão satisfeitos com ele em seus recursos, funcionalidades, formato…

Mas tem uma coisa que a maioria concorda: a autonomia de bateria dos smartphones atuais está longe de ser considerada satisfatória.

Essa é uma reclamação universal, e que os fabricantes parecem ter “estacionado” nesse ponto. Nos idos de antigamente (vai, nem tão antigamente assim…), os smartphones da Nokia, principalmente os modelos da linha E (que continuo considerando a melhor linha da Nokia) contavam com uma autonomia de uso de, pelo menos, dois dias completos, e todos nós éramos felizes com isso. Tudo bem, os processadores não eram tão potentes, a conexão de internet via 3G era algo que ainda estava engatinhando, e o próprio conteúdo mobile ainda era muito limitado. Mas, mesmo assim: saber que você tinha a certeza que o seu smartphone iria durar um dia inteiro de trabalho era uma das satisfações que compensavam o dinheiro gasto no produto.

Porém, o tempo passou, os smartphones evoluíram, o 3G se tornou uma realidade (mesmo que capenga no Brasil), o conteúdo mobile se tornou vasto… mas as baterias dos smartphones não acompanharam essa evolução. Vale a pena registrar que a culpa não está apenas na bateria. Os processadores se tornaram cada vez mais rápidos, mas não se preocuparam em gerenciar o uso dos recursos novos, como Bluetooth, tela maior, acelerômetro, GPS, chip NFC, 3G+, entre outros. Ou seja, você tem um monte de novos recursos, o processador é mais rápido, mas durante muito tempo, ninguém pensou em como esses recursos vão consumir a energia da bateria do smartphone.

E não adianta apenas colocar uma bateria maior. Afinal de contas, é a mesma coisa que um monte de italianos comendo a mesma travessa de macarronada no domingo. Se você aumenta a quantidade de amigos a cada momento, mesmo que a quantidade de massa preparada pena nonna seja maior, a tendência é que o macarrão seja consumido cada vez mais rápido a cada domingo.

O pior de tudo isso é que, assim como os preços dos smartphones top, parece que os fabricantes também tentam convencionar a autonomia de uso dos smartphones, convencendo os usuários que tal autonomia é considerada “ideal” para o uso diário. Observo que para a maioria dos fabricantes, uma autonomia de bateria de 10 horas de uso moderado é considerado o ideal para a maioria dos usuários. E tudo indica que as pessoas compraram essa ideia, e se conformaram com isso.

Eu, não. Para mim, quanto mais, melhor.

A impressão que dá é que, se houver boa vontade, os fabricantes são capazes de adicionar baterias com maior autonomia de uso, e sem tornar os smartphones mais espessos ou com aparência desfigurada, como supostamente imaginam os mais puristas pelo refinado design. Um clássico exemplo disso é o Motorola RAZR MAXX, que possui uma excelente bateria de 3.300 mAh, que oferece uma autonomia de uso de, pelo menos, dois dias completos. Para se ter uma ideia do que é isso, ele é capaz de executar vídeos durante 19 horas consecutivas antes de pedir pelo recarregador. E esse modelo ainda se mantém em um design razoavelmente aceitável. Ok, vai ter gente que vai achar o RAZR MAXX feio, mas enfim, gosto não se discute. Prefiro ter um desses funcionando o dia todo do que ter um modelo mais refinado, mas que não fique vivo até o meio do dia.

A solução para esse problema? Existe. Para começar, baterias maiores, ou com maior autonomia. Parece que até mesmo por causa dos novos recursos (3D ou telas HD), os novos modelos já contam com baterias um pouco maiores. É um começo, mas ainda está longe de ser o ideal. Outra medida importante está no desenvolvimento de novos processadores, que gerenciem melhor o consumo de bateria nesses dispositivos. Os novos processadores da NVIDIA e da Qualcomm com quatro núcleos já são capazes de fazer isso, e até mesmo o chip A6 do iPhone 5 gerencia melhor a sua bateria, já que o telefone possui a mesma autonomia que o modelo anterior, mas com mais recursos. Se bem que, nesse caso em específico, eu queria mesmo uma autonomia maior (afinal, o iPhone 5 é mais alto, logo, cabia uma bateria maior ali).

De qualquer forma, as primeiras opções de smartphones que podem durar mais que 10 horas de uso já aparecem no mercado. Pode não ser aquela sonhada por você, por causa dos formatos, fabricantes e sistema operacional envolvido. Mas saiba que a vida é feita de escolhas. Eu mesmo abri mão de ter um smartphone com a mais recente versão do Android para contar com o máximo de bateria possível para uma experiência de uso completa com o smartphone. E estou feliz com isso.


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