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Afinal de contas… qual é a do Google Chromecast?

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Durante o evento da Google na última quarta-feira (24), entre outros anúncios previamente vazados na internet, vimos o até então inédito Chromecast. Vimos o produto, sabemos o que ele pode fazer, e quanto ele vai custar (US$ 35). E justamente por causa desses US$ 35, já temos um movimento de compra impulsiva na internet. Tanto, que a própria Google teve que cancelar a oferta de três meses de Netflix grátis para os compradores do produto, por causa do elevado volume de pedidos na pré-venda.

Mas… será que vale mesmo a pena a compra? Se você compra e não usa tanto quanto o imaginado, pode ser dinheiro jogado fora. Porém, ainda que não usemos sempre o produto, é bom saber para qual perfil de usuário o produto serve. E é esse segundo ponto que vamos explorar nesse post.

O primeiro ponto que você precisa ter em mente é o tipo de conexão de internet que você precisa ter em casa para que o Chromecast funcione de forma correta. Vamos precisar de um roteador WiFi, uma porta USB livre na sua TV para energizar o produto, e uma porta HDMI para reproduzir os conteúdos na tela.

Vale aqui uma menção especial ao roteador. Isso é algo que não pensamos muito nos dias de hoje, ainda mais quando temos provedores de internet que “presenteiam” o cliente com um roteador sem fio. Mas é importante você ter em conta que o principal objetivo do Chromecast é oferecer conteúdos por streaming, ou seja, é melhor você garantir que o seu roteador vai fazer com que a missão seja realizada da forma mais fluída possível.

As principais funções do Chromecast são as de reprodução de conteúdos do YouTube e da Google Play Store, principalmente. Nos Estados Unidos, está ativa a função de reprodução de conteúdos a partir da Netflix ou Pandora, mas para os demais países essas opções não existem (pelo menos, por enquanto, no caso da Netflix).

Assim posto, podemos dizer que o Chromecast, pelo menos nesse aspecto, é decepcionante. Ver alguns vídeos no YouTube é algo bacana para dar algumas risadas naqueles momentos que não temos nada na TV a cabo, mas não temos muitas pessoas dispostas a ver os conteúdos do YouTube sentados no sofá da sala. E no caso dos vídeos da Play Store, ainda que este seja um bom argumento para comprar o produto, não é um argumento forte o suficiente para desembolsar US$ 35.

Muitos leitores do TargetHD já pensam se é possível reproduzir os filmes e episódios de séries salvos em nossa HD (interna ou externa) diretamente na TV com o Chromecast, ou se podemos duplicar a tela do nosso PC ou Mac. Ou mesmo se podemos colocar nossos jogos de smartphones e tablets em uma tela maior.

Por enquanto, a resposta é NÃO. Mas há uma esperança.

Uma função que ainda está em estágio beta de desenvolvimento permite projetar o conteúdo de qualquer aba do Chrome. Isso quer dizer que (na teoria) poderemos ver nossas fotos no Flickr ou Instagram na TV, ou até mesmo arrastar um vídeo local para uma nova aba para a reprodução na TV. Resumindo: tudo o que você conseguir reproduzir no Chrome será suportado (de novo: na teoria).

Porém, o mais interessante do Google Chromecast é o lançamento de uma SDK, que deve incentivar a muitos desenvolvedores a se lançar de cabeça nas madrugadas de programação para suportar de forma nativa os seus aplicativos. Plataformas de vídeo on-demand, como o Wuaki.tv ou o Filmin poderiam dessa forma fazer o mesmo que a Netflix ou Hulu fizeram, explorando assim um produto que já tem um razoável potencial junto ao consumidor (as pré-vendas do Chromecast indicam isso).

Tudo isso parece ser muito bom, mas são apenas expectativas sobre um produto que ainda precisamos ver como se sai na prática. Tal e como disseram no seu evento de apresentação, essa função de projeção do Chrome ainda está em estágio beta, ou seja, não deve ser o principal motivo para a compra.

Além disso, o seu SDK promete muito, mas precisa dar frutos.

O lado positivo do Chromecast é a sua não dependência de um sistema operacional. Ok, vamos deixar de lado o suporte nulo para o Windows Phone, mas em compensação, não temos um produto exclusivo para o Android: iOS, PCs e Macs são compatíveis com o dispositivo.

A ideia do Chromecast soa bem, e tem um preço muito acessível. Resta saber se ele será um forte competidor para as alternativas já existentes. Para isso, a palavra-chave não pode ser outra: conteúdo. Oferecer ao consumidor uma grande gama de conteúdos que justifiquem a sua compra. Afinal de contas, mesmo sendo mais caros, os concorrentes diretos do Chromecast centram os seus argumentos de compra no conceito “uma caixinha que oferece diversos conteúdos online, na tela de sua TV”.

 


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