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A verdade é uma só: os pacotes de dados móveis nunca foram ‘ilimitados’

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Durante a última semana, muitos usuários foram surpreendidos com a notícia que a Vivo mudaria a sua filosofia de oferta de serviços de internet móvel pré-paga. A partir de novembro, não haverá mais a redução da velocidade dessas conexões, mas sim a interrupção dessa conexão. E tal mudança já começa a ser fonte de reclamação entre os usuários.

A tendência é que as principais operadoras de telefonia móvel no Brasil acompanhem a mesma escolha da Vivo, e em médio prazo, a era da internet móvel ‘ilimitada’ acabe no Brasil. A ideia é que, no futuro, os pacotes pós-pagos passem a adotar o mesmo sistema (algo que a Vivo por enquanto não fez). Para que tudo funcione da forma como a operadora espera, os termos de uso foram ligeiramente modificados, onde a redução de velocidade agora é indicada como ‘oferta em caráter promocional’.

A estratégia de interrupção do serviço de internet móvel não é uma prática incomum. Em outros mercados (Europa, principalmente), essa prática é adotada sem maiores problemas. Porém, os pacotes de acesso à internet são mais generosos, e o serviço é (em via de regra) de melhor qualidade do que aquele encontrado no Brasil. E é aqui que eu começo a dissertar sobre a minha frase do título desse post: a internet móvel no Brasil ‘nunca foi ilimitada’.

O brasileiro precisa encarar diversas limitações para usufruir dos seus serviços de dados de forma decente: área de cobertura, velocidade ofertada pelas operadoras, qualidade de sinal de rede, velocidade final ofertada, preço elevado… tudo isso me leva a crer que a internet móvel brasileira é tudo, menos ‘ilimitada’. Essas limitações transformam automaticamente a relação custo/benefício da nossa internet móvel uma das piores do planeta.

Mas a maior limitação dos pacotes ‘ilimitados’ – e o que diretamente torna essa decisão do fim da redução da velocidade de conexão algo ainda mais complexo de se lidar – está no fato das operadoras ofertarem pacotes com volume de dados ridículos a preços elevados. As operadoras não entenderam que, com o passar dos anos, o volume de dados e as necessidades dos usuários mudaram drasticamente, e chega a ser uma ofensa oferecer planos com 500 MB de dados, que pode ter a sua velocidade reduzida de 1 Mbps para 32 Kbps.

Na prática, o serviço vai ficar mais caro para quem usa mais. Ser obrigado a comprar pacotes adicionais de dados para restabelecer o serviço como um todo é algo que realmente incomoda e muito. Que ao menos aconteça uma ‘troca’: eu tiro o seu pacote ‘ilimitado’ com redução de velocidade, mas em compensação ofereço um pacote com maior volume de dados, com uma qualidade decente.

A Anatel quer que as operadoras se expliquem sobre essas mudanças, que precisam ser comunicadas aos usuários com 30 dias de antecedência. A Vivo é a única que realizou tal mudança, e já avisa os usuários via SMS.

De qualquer forma, vamos aguardar pelos próximos acontecimentos. Do jeito que as coisas funcionam no Brasil, não será nenhuma surpresa se os pacotes atuais se tornarem limitados, sem nenhum tipo de compensação para o usuário – que, de novo, paga caro por um serviço que já possui diversas limitações. É evidente que as operadoras visam um objetivo real e imediato: o lucro. Por outro lado, as medidas que podem ser tomadas devem prejudicar diferentes categorias de usuários. Desde o usuário que adora ver vídeos em qualquer lugar, até aquele que ao menos usa o WhatsApp com uma velocidade reduzida.

Com informações de O Globo e Tecnoblog


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