A nudez voltará para a capa da revista Playboy, na edição de março/abril de 2017, um ano depois de sua retirada, com o argumento que “não dava para competir com a internet”.
A tradição da nudez na revista Playboy começou em 1953, quando Marilyn Monroe exibiu suas curvas, iniciando uma revolução sexual sem precedentes.
Há pouco mais de um ano, o CEO da Playboy anunciava o fim da nudez da capa da revista, culpando a internet e a revolução digital. O argumento do executivo era que, hoje, um usuário tem um smartphone com internet no lugar de revistas e o acesso à pornografia online está a um clique de distância, e de forma gratuita.
As revistas eróticas ou pornográficas perderam o seu impacto, valor comercial e relevância cultural. Já outras revistas (de qualquer setor, incluindo o de tecnologia) simplesmente desapareceram. A Penthouse, a mais famosa concorrente da Playboy, respondeu à internet se tornando muito mais explícita, mas jamais conseguiu se recuperar.
Uma volta ao passado
O fim da nudez só durou um ano.
Hugh Hefner, criador da revista Playboy, argumenta que é o primeiro a admitir que a forma como a revista retratava a nudez era antiquada, mas retirar completamente o formato foi um erro. Reforçou que a nudez não é um problema, e que quer recuperar a identidade da revista com essa atitude.
Hefner trouxe paralelismos com o seu pai para o novo rumo da revista com uma denominação comum: a liberdade.
Apesar das acusações de machismo, ele lembra que a revista publicou artigos de escritores membros da “lista negra”, durante a Era MCarthy, sendo uma das primeiras a apoiar a comunidade LGBTQ, a igualdade nos matrimônios ou a legalização da marijuana.
Seja como for, a revolução que trouxe a internet é a principal causa da mudança do consumo, inclusive no conteúdo adulto.
A nudez nunca foi a culpada dessas mudanças.
Até porque a nudez é algo absolutamente normal.
Via Playboy