O Uber esta conseguindo criar uma imagem de serviço de alta qualidade (na maioria dos casos), mas nos seus bastidores, muitos se preocupam com a sua sustentabilidade a longo prazo.
Gostar do Uber não impede que a gente se esqueça que o principal objetivo da empresa é fazer dinheiro. A tática passa por entrar no mercado com preços reduzidos para eliminar a concorrência, depois subir os preços cobrados e reduzir o valor pago para os motoristas.
Isso ajuda a explicar por que o Uber gasta milhões por ano, algo que não é indefinidamente sustentável.
O Uber oferece um serviço por um preço atraente, mas este preço só poderá ser mantido se der prejuízos para a empresa, e isso não pode durar.
Por outro lado, se os preços aumentarem significativamente para aumentar a margem de lucro da empresa, mitos clientes vão abandonar o serviço.
As contas podem fazer sentido se assumirmos que, em um futuro não muito distante, o serviço dispensar completamente os motoristas humanos e recorrer exclusivamente aos automóveis autônomos.
Porém, isso é algo que está muito distante para ter um impacto significativo. Também é preciso lembrar que o Uber não terá essa ideia sozinho: a Tesla já avisa que seus carros podem ganhar dinheiro sozinhos no futuro.
Acima de tudo, e independentemente do nome que se queira utilizar, para que aconteça uma grande mudança nos transportes, é preciso que essa mudança seja economicamente sustentável.
E isso significa que o custo do serviço terá que ser barato… mas que chegue para manter o serviço em funcionamento e dar lucro.
E nesse momento, o Uber está longe de estar nessa posição.