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A HTC é a nova Nokia?

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A HTC revisou para baixo as suas previsões de resultados do segundo trimestre de 2015, que já provocaram a maior queda na bolsa de sua história, e uma capitalização reduzida a valores de 2005.

Essa é a continuação de uma tendência negativa que parece não ter fim, e a HTC prevê perdas operacionais para o segundo trimestre ainda mais negativas, com prejuízos de 232 milhões de euros. Levando em conta a previsão de ingressos de 970 milhões de euros, o prejuízo previsto é algo simplesmente absurdo.

Já se passou muito tempo desde que a HTC foi considerada uma das empresas mais relevantes do mercado de smartphones. Os dados de cota de mercado do primeiro trimestre de 2015 deixaram a empresa fora do Top 10 de vendas de dispositivos, com uma porcentagem meramente testemunhal e previsões que não indicam que o futuro será próspero.

Com gigantes do setor (Samsung e Apple, mais especificamente) em níveis inalcançáveis, a HTC foi claramente superada por outras gigantes asiáticas, como Lenovo, LG, ZTE e Huawei, e outros emergentes como a Xiaomi, que estão fazendo um grande sucesso no mercado chinês.

Desde 2013, nenhuma das estratégias da HTC para se manter entre as grandes funcionou, começando pelo sonoro fracasso do smartphone do Facebook. O One Mini também não deu certo (ainda mais custando US$ 499). A perda dos processos de patentes contra a Nokia obrigou a rever vários aspectos de design dos seus smartphones, o que deve ter resultado em gastos e atrasos na distribuição de produtos e vendas.

E não para por aí.

As demissões para compensar os gastos pelas baixas vendas fizeram a HTC perder uma força laboral imprescindível para manter o mercado e a prisão de vários funcionários de alto nível por roubo de segredos industriais e fraude foram a gota d’água para oficialmente colocar a empresa no status de ‘desgraça’ (me desculpem pelo uso da expressão, mas é a que melhor ilustra o quadro geral da nossa protagonista).

Por fim, a estratégia de turbinar a linha média também não funcionou, e os seus últimos smartphones top de linha, HTC One M8 e One M9, mesmo com as boas críticas em geral, renderam vendas muito abaixo do esperado. E em um mercado com uma concorrência brutal, com sinais claros de saturação em algumas regiões, não vejo de forma alguma onde está a recuperação prometida pela sua CEO, Cher Wong.

Aí eu te pergunto: a HTC é a nova Nokia? Está condenada à morte? Vai desaparecer nas mãos de outra empresa, como tanto se especula nos últimos meses?

Nota do editor: quem mandou sair do mercado brasileiro?


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