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A compra da Nokia teria desencadeado a saída de Steve Ballmer da Microsoft

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Faz mais ou menos um mês que sabemos que Satya Nadella será o novo CEO da Microsoft, substituindo Steve Ballmer. E ainda que tudo aparentemente seja apenas sorrisos e desejos de boa sorte de todas as partes, alguns veículos especializados revelam bastidores muito mais tumultuados para todo esse processo de mudança na direção da gigante de Redmond.

A fonte do dramalhão mexicano da vez é ninguém menos que a Bloomberg, que revela que fontes próximas da Microsoft indicam como Ballmer foi o único defensor inicial da compra da Nokia. A defesa foi, segundo informam, exagerada, e Ballmer teria gritado para todos os membros da junta executiva da empresa – entre eles, Nadella – que formavam parte da decisão final dessa compra.

Segundo a matéria da Bloomberg, vários diretores da Microsoft, incluindo Nadella e Bill Gates, não viam com muita clareza e segurança essa questão da compra. E a dúvida surgia: deveria a Microsoft se transformar em uma empresa de hardware, sendo uma empresa de software?

Ballmer simplesmente gritava – algo que, segundo as fontes, poderia ser ouvido fora da sala de reuniões – que sim, e ameaçava abandonar o seu posto de CEO, caso as coisas não acontecessem do jeito que ele queria.

Aquela reunião, ao que tudo indica, marcou o futuro de Ballmer na Microsoft. Ainda que Nadella tenha apoiado a compra da Nokia, outros executivos da empresa se mantinham contrários ao negócio. Entre os opositores estava Tony Bates, que recentemente anunciou que estava deixando a Microsoft, sendo essa uma das primeiras consequências após o anúncio do novo CEO da empresa.

De fato, Ballmer queria comprar não apenas a divisão móvel, mas também a divisão de mapas da Nokia, algo que a Microsoft não precisava na prática. Ao menos ele conseguiu que a diretoria aceitasse a compra da divisão mobile – que era o que realmente importava -, mas aquela reunião foi chave para todos os acontecimentos dos meses seguintes. Ballmer não se sentiu apoiado por Gates, e isso teria pesado para uma aparente antecipada decisão de abandono do posto de CEO, logo depois de anunciar uma grande reestruturação da empresa.

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A busca pelo novo CEO da Microsoft foi algo complexo. Alan Mulally, CEO da Ford, era um candidato recomendado inclusive pelo próprio Ballmer, mas o mesmo nunca quis manter uma entrevista de trabalho formal com a Microsoft. Alguns afirmam que Alan estaria preocupado se teria um verdadeiro poder de decisão ou não, algo que fez com que ele mesmo se retirasse do processo de seleção.

Os membros do conselho encarregado em buscar o substituto de Ballmer pareciam ter mais interesse em alguém com capacidade de gestão, do que alguém com “pedigree tecnológico”, e isso fazia de Mulally um candidato ideal. Por outro lado, Alan reforçou o seu compromisso com a Ford, e o seu nome foi abandonado em definitivo.

Por outro lado, Steve Mollenkopf, COO da Qualcomm na época, era outro forte candidato ao posto, mas 24 horas depois de ser revelado que o citado era um dos fortes candidatos na Microsoft, a própria Qualcomm anunciava o executivo como o próximo CEO da empresa, algo que foi efetivado ontem (04).

Nadella, que até então provavelmente não estava encabeçando esse processo de seleção, encontrou caminho livre. Nem mesmo o nome de Stephen Elop (ex-CEO da Nokia) parecia ser especulado nos escritórios da Microsoft. E o resto, é história.

Via Bloomberg


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