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2016, o ano que tornou os tablets irrelevantes

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Ele ia acabar com o PC. Tinha um formato voltado especificamente ao consumo de conteúdo, e ia prevalecer. O iPad ditou regra, mas diferente do que aconteceu com o iPhone, a lição só alcançou a página 3.

Os últimos meses mostram isso claramente: todos os fabricantes resistem, e ainda que os tablets sabem qual é o seu lugar, eles são devorados pelos pablets.

Felizmente, o formato vive uma sobrevida graças aos tablets conversíveis.

 

 

Fabricantes em retirada

 

 

O Digitimes revelou essa semana como a ASUS estava reorganizando sua divisão de tablets, reduzindo notavelmente o número de projetos para novos dispositivos, assim como o número de unidades distribuídas em 2016.

A re-estruturação dessa parte do negócio da ASUS fez com que a empresa deslocasse centenas de funcionários para outras divisões, como realidade virtual e aumentada ou smartphones, com o processo se concluindo em 2017.

Este não é o único fabricante que está fugindo do mercado de tablets. A Dell disse adeus no meio do ano, e quem ainda não desistiu está reduzindo a dedicação do seu tempo para esses dispositivos.

Inclusive a líder de mercado, a Apple, que viu como a relevância dos tablets caiu nos seus últimos trimestres fiscais.

O último relatória da IDC demonstrava o cenário desolador para os tablets: no terceiro trimestre de 2016 foram distribuídas 43 milhões de unidades, 14,7% a menos que o registrado no mesmo período do ano anterior.

 

 

O tablet puro e simples não é mais o suficiente para os usuários: sua relevância se reduziu claramente, mesmo com o formato sendo válido para vários cenários.

Quase todos os fabricantes perderam terreno, exceto a Amazon, que registrou fortes aumentos nas vendas, além da Huawei, que curiosamente captou o interesse do mercado asiático.

A perda de relevância parece inevitável. Um estudo da Gartner do ano passado confirmava isso. 50% dos entrevistados pensavam em comprar um PC ou notebook nos próximos 12 meses, e apenas 21% pensavam em comprar um tablet.

 

 

Não ajuda o fato que o setor foi atacado por todas as frentes. Os smartphones aumentaram de tamanho gradualmente, oferecendo muitas das vantagens dos tablets.

Porém, os notebooks conversíveis são versões muito mais versáteis desses dispositivos.

Outro fator relevante é a troca constante de smartphone pelos usuários. Muitos mudam de dispositivo a cada ano ou a cada dois anos. Nos tablets, a necessidade de renovação é muito menor, com ciclos maiores.

Pode não ser tão longo como é nos PCs e notebooks, mas é longo o suficiente para que os fabricantes não apliquem o mesmo modelo de negócio que hoje é adotado para os smartphones.

 

 

Os tablets se reinventam: vida longa aos conversíveis

 

 

A salvação do mercado de tablets é a aparição de dispositivos como o Microsoft Surface Pro, que marcou o caminho para os tablets conversíveis.

Todos os fabricantes estão migrando para esse conceito, e combinando o mesmo com os notebooks conversíveis, que adotam o formato de notebook tradicional, com um teclado tradicional, mas com tela desacoplável, oferecendo o formato tablet e mais opções aos usuários.

Parece improvável que veremos um iPad Air 2 ou um iPad mini 4, e isso significa que quem criou a categoria deixa de acreditar nela.

O movimento dos fabricantes para este novo segmento de dispositivos é algo evidente. Os lançamentos de tablets conversíveis são cada vez mais frequentes, e as intenções dos fabricantes mais evidentes.

Até a Apple teve que ceder. O iPad Pro é a prova clara disso. O iPad Air 2 e o iPad mini 4 foram os únicos tablets puros da marca, lançados em outubro de 2014 e setembro de 2015, respectivamente. De lá para cá, os modelos não foram renovados, algo especialmente notável no caso do iPad Air 2.


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